Capítulo 2 - Sentimentos

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Por Lucas:

Ouço o celular despertar, pego para desligar o despertador e o vejo quebrado. Lembro do ocorrido.

- Cuzão - digo comigo mesmo.

Me levanto e vou tomar banho. Logo quando acabo, eu me visto, pego a mochila e sigo para a cozinha, pego um pão em cima da mesa e saio comendo.

- Lucas?- ouço alguém chamar.

Olho para trás e é meu amigo, Daniel.

- E aí, mano.

Ele começa a dar risada.

- Qual a graça?- digo.

- Você tá parecendo filhinho de papai.- diz ele.

- Qual foi, tá me estranhando?

- Tá muito hilário.

- O que faz acordado a essas horas?- digo.

- Minha mãe pediu pra eu ir à UBS marcar um médico para ela.- diz ele.

- Tendi.- digo.

- Esse aí é o uniforme da sua nova escola?- diz ele segurando o riso.

- É sim, muito fresco.

- Pior que é mesmo.- diz ele.

- Ah, cara, tô cansado já. Já só tem filhinho de papai, play boy, patricinha, todo tipo de riquinho que você possa imaginar.- digo.

- Se só tem gente pomposa, o que você tá fazendo lá?- diz ele.

- Minha mãe me colocou lá porque as públicas não me aceitaram.- digo.

- Também, né, Lucas?

- O que? Eu não fiz nada de errado, você estava comigo e sabe disso.- digo.

- Falta de conselho não foi.- diz ele.

- Tá que nem minha mãe agora?

- De onde sua mãe tá tirando grana para manter a mensalidade lá?- diz ele.

- Olha, eu não sei, mas também não me interessa.- digo.

- Qual foi, cara? É da sua mãe que você tá falando.

- Você sabe que eu não me dou bem com ela, nunca dei.

- É, eu sei, mas sua coroa deve tá por aí ralando e se humilhando para te manter lá, então faz por merecer.- diz ele.

- Vai ficar me dando lição de moral agora?

- Não, cara, só te mandando a real.

- Deixa eu ir, se não vou perder o ônibus.

- Beleza, mas pensa no que eu te disse.

- Valeu - digo e vou andando.

Assim que eu chego no ponto de ônibus, ele aparece na esquina. Quase que perco. Entro, pago e procuro um lugar para sentar, coisa que é bem difícil. Não acho e vou em pé mesmo. Caralho, viu.

Chegando no ponto, desço e vou em direção à portaria. Entro e sigo em direção ao predio e vou para a sala. Não demora muito pros mauricinhos chegarem. E o professor também.

- Bom dia!- diz ele.

- Bom dia.- alguns respondem.

- Bom, sou Alexandre, serei seu professor de história.- diz ele.

Ele apresenta os temas para o decorrer do ano e logo vem com atividades.

- Bom, pra começar, eu quero passar um trabalho em grupo para todos. Aqui tem... - diz ele e começa a contar.

Amor Verdadeiro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora