Capitulo 17 - Tudo Estranho!

664 55 44
                                    


Depois daquele fim de semana no acampamento, vieram as férias e logo já estavam indo. Não vi mais o Lucas. Teve o aniversário do meu pai e a mãe dele veio, mas ele não.

O que foi bom, não contei aquilo a ninguém, mas isso está me fazendo muito mal. Eu quero dizer ao Noan, mas não sei como ele vai reagir. Ele é uma pessoa tão maravilhosa, não merece isso que eu tô fazendo com ele.

- Enzo! - diz meu pai Lian batendo na porta.

- Oi!- digo me sentando na cama.

Ele entra e senta na cama.

- Você tá bem?

Me deito no colo dele.

- Ah, tô sim, por quê?

- Achei que você parecia meio estranho esses dias.- diz ele.

Meu pai é foda mesmo. Penso bem.

- Se você beijasse outra pessoa, você contaria para o papai?- digo.

- Sem pensar duas vezes.

- Mesmo sabendo que ele vai ficar puto com você?

- Sim, por que uma relação tem como base a confiança e a sinceridade, se eu não for sincero e não confiar em você, as coisas podem piorar mais pra frente.- diz ele.

- É.

- Mas também tem coisas nessa vida que é melhor não dizer, mesmo que você precise mentir. Se isso vai fazer mal pra pessoa, não diga.- diz ele.

- Agora o senhor me confundiu.

- Quando você for mais velho, você vai entender.- diz ele.

- Espero.

- Mas você vai achar o momento certo de contar ao Noan.

- Como assim?- digo me levantando.

- Ué, isso tudo não é porque você quer dizer algo ao Noan e não sabe como?- diz ele.

- Mas eu não disse nada.

- Você pode não ser sangue do meu sangue, mas ainda é meu filho.- diz ele se levantando.

Eu fico meio assim.

- Eu te conheço como a palma da minha mão.- diz ele.

Ele me dá um beijo na testa e sai.
Às vezes eu tenho medo dele.
Pego o celular.

                             On!

- Oi

- Oi♡

- Pode vir aqui amanhã? preciso falar com você

- Claro

- Te vejo amanhã

- Bjs♡

                               Off!

Deixo o celular de canto e deito para dormir, pensando em como vou dizer a ele. No dia seguinte, acordo com Ester gritando no corredor.

- Deve tá onde você deixou! - ouço a voz de pai Lian também.

- Mas eu não tô achando!

- Se eu for aí e achar... - diz ele.

- Melhor eu dar mais uma procurada, né, vai que eu deixai passar algo.- diz ela e ouço passos ligeiros.

Essa casa parece uma feira, amo.
Levanto e vou para o banheiro, tomo banho e escovo os dentes. Visto uma roupa leve e desço para tomar café.

- Bom dia!- digo assim que chego na mesa.

Amor Verdadeiro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora