Capítulo 27 - Fim da história ou o começo de uma! (ÚLTIMO CAPÍTULO)

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Por Enzo:

Esses últimos dias foram tão caóticos com o acidente com Rogério, e em poucos dias nos formamos, ainda tenho que ver qual Universidade eu vou fazer. Muita coisa pra um período de tempo pequeno.

E por falar em Rogério, ele está bem, se recuperou rápido até, o médico se surpreendeu. Ele sente umas dores pequenas, mais como pontadas. Mas são coisas básicas, ele disse que não é nada de mais e que é de momento. O médico disse que assim que ele se recuperar totalmente, isso passa.

- Enzo?- diz Lucas ao meu lado.

- Oi!- digo saindo do transe.

- Tudo bem? Você parece meio aéreo.- diz ele.

- Estava pensando em algumas coisas, nada de mais.

- Acho que vou indo, tá ficando tarde e amanhã tem aula.

Hoje é domingo e ele passou o dia comigo. Na verdade ele passou o fim de semana aqui, praticamente.

- Você sabe que pode dormir aqui, né?- digo o abraçando.

- Sei sim, mas minha mãe tá sozinha em casa, tenho que ficar um pouco com ela também.- diz ele.

- Tá certo.

- Me leva até a porta?- diz ele.

- Até sua casa se quiser.

- Só até a porta já tá de bom tamanho.

- Tem certeza?- digo.

- Sim, escuta, você não sente um pouco de enjoo de mim?- diz ele.

- Por que sentiria?

- Sei lá, você não gosta de ficar sozinho às vezes?

Me levanto e vou até a porta.

- Sabe, Lucas, eu tenho uma coisa que eu levo comigo, sabe?- digo.

Ele se levanta e vem até mim.

- O que é?- diz ele.

Abro a porta e saímos em direção a escadas.

- A gente nasce sozinho e morremos sozinhos, por que passar a vida sozinho também?- digo.

- Faz um pouco de sentido.

- Apesar de ter muita gente que prefere em ficar sozinha, eu acredito que é porque não há uma pessoa que ela acha especial e queira ficar sempre perto.- digo.

- Entendo.- diz ele.

- Mas isso é o que eu acho, posso tá errado.

- Mas tá bom, vou indo agora.- diz ele na porta.

- Quando chegar em casa manda mensagem.

- Mando sim.- diz ele.

Nos beijamos e ele parte. Fecho a porta e dou de cara com pai Lian sentando no sofá, lendo um livro.

- Lucas já foi?- diz ele olhando para o livro.

- Já sim.- digo.

- Como vocês estão?- diz ele me olhando.

Vou e sento do lado dele. Ele deixa o livro de lado.

- Ah, estamos bem.

- Que bom, fico feliz vendo que você está feliz.- diz ele.

- Mas às vezes eu acho que estamos indo rápido demais.- digo.

- Ah, isso é de família, ter relacionamentos precoces.

- Como assim?- digo.

- Veja eu e seu pai, num dia ele estava me xingando e querendo me bater, no outro tava me beijando e falando que me amava, literalmente.- diz ele.

Amor Verdadeiro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora