Sou um acidente, sou grave, sou poeta.

Me deixe ir

Fechei as janelas e as cortinas,
deixa escurecer mais cedo hoje, para que combine com tudo que existe dentro de mim.
Eu estou caindo pra dentro de um lugar onde eu já estive, e tive que amputar partes de mim para que eu saísse de lá.  Eu me encontro quebrada e perdida, eu me ergui e me consertei sozinha e sozinha estou me quebrando de novo.
Morta por dentro, sem forças por fora, me deixe ir.
Todos dizem se importar, mas ninguem para pra te ouvir.
Você só tem significado e importância quando a corda ja está no seu pescoço. 
Quem sabe as partes que faltam em mim não estão do outro lado.
A vida é a morte lenta e infinda, e a morte talvez seja a vida que ninguem volta pra nos contar.