Sinto hoje em mim o peso do mundo.
Alma que reflete meu espelho, se pudesse hoje, eu te abraçaria com todas minhas forças, tu precisa.
Os fantasmas da minha inconsequência invadem meus olhos e os fazem transbordar.
Ah! Como me dói o espírito.
Todo dom virou algo de se jogar fora; qual seria teu valor, pobre espírito?
Onde encontro calma pra não apressar minha partida?
Disse Fagundes Varela, "esse mundo manchou-me de lodo e fel". Nada filtra minha alma dos terrores e traumas do mundo.
Tampouco sofro por amores, sofro de mim para mim. Agonizo!
Morta em vida, desejando tambem o corpo de morrer.
Morta! Torta! Incompleta e inconsequente.
A matéria vem suportado toda angustia e temor com um sorriso falho no semblante. Ela já não aguenta, não suporta! Exclamações de um desesperado.
A vida já não me vale. A morte é uma velha amiga de outras vidas e anseia nosso reencontro.

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Sou um acidente, sou grave, sou poeta.
PoetryPoemas aleatórios, sentimentos em turbilhões, do coração pra mente, da mente pro papel.