Sou um acidente, sou grave, sou poeta.

Chamas

Levei a hipérbole de séculos até conseguir encarar aqueles olhos.
Mil demônios no olhar de um anjo.
Olhar intacto mesmo com o movimento ritmado do seu corpo.
Meu corpo entregue ao êxtase se deixou levar pelo ir e vir de seus dedos agitados.
Sussurros cada vez mais fortes, pele arrepiada, a alma ardendo.
A boca toca minha pele e me faz adentrar o mais intrínseco paraíso oculto. CHAMAS!!! Labaredas tocam minha pele, o vulgo lábios de um anjo entregue a lascívia.
Meu corpo treme, minha alma escorre e eu queimo.
Me beija, me arde, me tem, me chama; meu corpo é chama.