LXXI - Confio em você

683 83 122
                                    

“Mesmo que o mundo todo mande você se mexer, é seu dever ficar plantada feito uma árvore, olhar bem nos olhos de todos e dizer: Não, mexam-se vocês

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mesmo que o mundo todo mande você se mexer, é seu dever ficar plantada feito uma árvore, olhar bem nos olhos de todos e dizer: Não, mexam-se vocês.” - Peggy Carter

Natasha

Cruzar a neve vestindo um caixão de metal com a forma do meu corpo enquanto se atravessava a neve não era exatamente como eu esperava passar meus próximos dias, mas obviamente ainda sim era melhor que estar sem roupa.

Acho que todos no batalhão pensavam na mesma coisa que eu, como o bordão Romanoff de "o ferro é gelado e mortal" faz sentido. Nossas armaduras queimavam com o mínimo toque de pele descoberta. Usávamos todos capas quentes e protetores nas cabeças e ouvidos, eu mesma usava cinco meias e Loki conseguiu revestir tecidos de algodão com um material isolante e isso provavelmente nos impedia de morrer, além do sol brilhando em nossas cabeças.

O batalhão estava quase todo quieto, apenas algumas pessoas conversavam, Tthomas uma delas, ele não calava a boca. Steve ao meu lado não dizia nada a algumas horas, e eu sabia que era pura preocupação. E ele estava certo em se preocupar.

  - Eu queria estar deitada debaixo da asa quentinha do Ranaroff agora. - murmurei, e Steve olhou para mim com um sorrisinho.

  - Você pode fazer isso depois.

  - Eu até te chamaria, mas ele não gosta de você. - disse, e ele deu de ombros.

  - É meio recíproco.

Respirei fundo, o ar gelado entrando em meus pulmões e olhei para as bochechas rosadas de Steve.

- Se eu morresse, o que acha que aconteceria com ele? - perguntei, e ele automaticamente me lançou aquele olhar de "não diz isso nem de brincadeira." - Estou falando sério.

  - Não sei. - ele disse, sério. - Então não faça nada estúpido.

Eu abri um sorriso largo.

  - É só isso que eu sei fazer!

Steve acabou sorrindo também, me lançando um daqueles olhares doces que me faziam tremer. Percorremos mais duas horas na neve e o enorme batalhão que era seguido por mais e mais centenas de homens que iam se juntando ao caminho a medida que saiam de seus postos de defesa espalhados por Roger.

Partindo para a morte.

Mas não se eu pudesse impedir.

Quando contornamos a colina, Steve ergueu a mão e fez sinal para todos pararmos, e com ele todos os cem mil homens atrás de nós também pararam. O campo branco a nossa frente estava absolutamente vazio, brilhando ao sol.

Steve e eu nos olhamos.

Volo já deveria estar ali uma hora dessas, atendendo os boatos. Era o que prevemos. Apartir dali, subir as montanhas era um caminho perigoso a se percorrer.

Castle - Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora