LXVI - Pessoas cometem erros

862 99 114
                                    

O amor verdadeiro deveria ter perdão para todas as vidas, menos para as vidas sem amor

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O amor verdadeiro deveria ter perdão para todas as vidas, menos para as vidas sem amor. - Oscar Wilde

Natasha

  - Nat?

Levantei a cabeça bruscamente e vi os olhos azuis de Steve nos meus. Senti meu corpo inteiro tremer de alívio e fechei os olhos, deixando as lágrimas escorrerem sem controle. Eu solucei de olhos fechados, sem conseguir olhar para ele.

Steve estava vivo.

Senti sua mão acariciando meu rosto e lentamente abri os olhos. Ele estava pálido, com a boca seca e os olhos cansados grudados nos meus. Senti seus dedos em minha pele e guardei o contato na memória. Achei que nunca mais ia sentir o toque de Steve.

  - O que aconteceu com sua testa? - ele murmurou, com a voz rouca e cansada e olhei para ele, engolindo os soluços.

Só podia ser brincadeira. Ele quase morreu três vezes, ficou uma semana apagado e estava preocupado comigo?

  - Eu achei que ia te perder. - eu disse, olhando-o com os olhos vermelhos e sérios, as lágrimas não cessavam. Eu não tinha forças para me fazer parar de chorar. - Por uma semana eu fiquei sentada aqui, com tanto medo de você morrer. Eu não queria viver sem você. Não conseguiria suportar.

Deixei os soluços tomarem conta, enquanto segurei a mão dele com as minhas. Seus olhos azuis começavam a ficar vermelhos com as lágrimas despontando.

  - Natasha...

  - Por que eu te amo. Mais do que a mim mesma. - fechei os olhos, negando com a cabeça. - E era culpa minha, porque eu te machuco toda vez. Eu te destruo toda vez. Mas não consigo me afastar de você. Nem por um segundo. Não tenho forças. E eu sou egoísta.

  - Não quero que se afaste de mim. Nem por um segundo.

Abri os olhos e vi uma lágrima escorrer dos seus olhos, que me observavam gentis.

  - Você pode me machucar quantas vezes quiser. - ele sussurrou com a voz rouca, engolindo em seco e apertou minha mão. - Você nunca vai me perder. E... eu sei que te machuquei também.

Cruzei os braços sob a cama e deitei a cabeça neles, deixando as lágrimas escorrerem. Senti sua mão nos meus cabelos, acariciando-os lentamente.

Eu não mereço Steve Rogers.

E iria fazer tudo para um dia merecer.

  - Está nevando. - ele murmurou de repente, olhando para a janela. Flocos de neve caíam lá fora, e pequenos cristais de vidro congelavam a superficie.

  - Está. - sorri, sabendo que ele amava quando nevava. Steve ama a neve.

- Quase morrer é assustador. - ele murmurou, e levantei meus olhos para ele. Vi uma lágrima escapar dos seus olhos. - É gelado neve. Vazio. Insuportável. Eu queria tanto sair dali. Ir embora. Mas isso significaria desistir de você.

Castle - Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora