O Passado

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3 meses atrás. 

Carol despertou naquela manhã sentindo os beijos de Martin em suas costas nuas e sorriu com aquele gesto dele sentindo seu corpo se arrepiar. Já estava completamente apaixonada e entregue por ele. Não tinha forças pra lutar contra aquele sentimento que só crescia em seu coração.

Virou o rosto para olhá-lo e sorriram um para o outro.

- Bom dia. – ela sussurrou quase sem voz.

- Oi. – ele se deitou no travesseiro e assim ficaram frente a frente, mas ainda a acariciava nas costas. – acho que não tem coisa melhor, acordar e te ver aqui.

- Não, não tem. – recebeu um beijo carinhoso nos lábios e logo permitiu que se transformasse em algo intenso quando ele colocou o corpo sob o dela e o acariciava na nuca enquanto se beijavam. – podíamos ficar aqui o dia inteiro, o que acha? – sorriu após partirem o beijo.

- Seu pai viria me buscar aos cabelos.

- Ele nunca faria isso. – os dois riram juntos.

Horas depois Carol andava ao lado de sua mãe, Martha, pela Apollon em direção ao laboratório onde trabalhariam juntas enquanto seu pai com outros cientistas tentavam entender mais sobre o vírus.

- Você consegue catalogar os dados hoje? Será que dá conta? – Martha olhou para a filha que parecia distraída enquanto terminava uma trança em suas madeixas louras. – Carolina? – a chamou.

- Que? – saiu do seu transe momentâneo rindo e a olhou. – consigo, claro, não se preocupe. – sorriu.

Foram virar para a esquerda com a finalidade de encontrar o elevador, mas deram de cara com Patrick e Martin que vinham na direção contrária.

- Eita! – Patrick resmungou. – Carol, oi. Sra Andersen. – sorriu para Martha.

- Oi Patrick. – Carol sorriu e olhou para Martin, ficaram daquele jeito por alguns segundos, que pareciam minutos para ambos. – Oi. – sussurrou.

- Meninos! – Martha os cumprimentou e continuou andando. – Carol, vamos. Você tem que ser mais certa com os seus horários.

A loira revirou os olhos e sentiu Martin pegar em uma de suas mãos carinhosamente enquanto os dois andavam para direções opostas sorrindo de um jeito bobo um para o outro.

Entrou no elevador ao lado da mãe e quando as portas se fecharam sentiu o olhar de Martha em si.

- Você sabe que eu gosto dele, mas hora de trabalho é trabalho.

- Mãe nós só cruzamos com eles. Eu não to correndo das minhas obrigações pra ficar com ele. – a olhou ao dizer.

- Bem que você queria. – a mais velha falou ao saírem do elevador.

- Tem hora pra tudo. – andava ao lado da mãe com as mãos em frente ao corpo indo em direção ao laboratório.

Ao chegarem no local Martha passou a pauta para filha para que ela fizesse a contagem dos remédios que tinham em estoque com a função de ver se nada estava faltando e precisariam fazer pedidos para outra Apollon.

Carol estava concentrada em seu trabalho depois de algum tempo, nem notou quando o pai entrou apressadamente no local sem notar a sua presença e falou com a sua mãe em sussurro, mas completamente audíveis para ela:

- O Sten descobriu e está vindo pra cá.

A garota franziu o cenho ao ouvir a palavra descobriu, descobriu o que?

The Rain: GêmeosOnde histórias criam vida. Descubra agora