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ELA

Ao sair da barraca senti o vento bater em meu rosto e mexer com os meus cabelos longos e loiros, fechei os olhos e logo os abri contemplando o cânion que estava a minha frente e fora formado há milhares de anos atrás e aquilo me deu uma sensação de nostalgia ao lembrar os acampamentos que fazia com meus pais que estavam mortos, menos meu irmão gêmeo.

Quando a chuva veio e assolou com o mundo matando a todos, eu, meus pais e meu irmão nos refugiamos na Apollon que era uma corporação cientifica que tinha a finalidade encontrar a cura para a chuva e para a doença de Rasmus. Mal sabíamos que nossos pais eram meras marionetes nisso tudo e foram mortos por irem contra o grande chefe.

No meio daquilo tudo eu tinha Martin. Nos conhecemos na Apollon e ele desfrutava de um sentimento de proteção comigo que depois de algum tempo foi transformando em algo a mais. Eu estava sozinha no mundo, no entanto com ele e nossos amigos me sentia cheia de luz no meio daquela escuridão toda.

Há mais de três meses fugimos da Apollon. Fugimos de Rasmus.

Ouvi barulhos e olhei para trás em direção à floresta e vi Martin segurando troncos de madeira e logo se aproximando de mim. A fogueira já estava acesa e ele jogou mais madeira para servir de combustível e não ficarmos sem durante a noite – que eram sempre frias.

- Acho que conseguimos sobreviver essa noite. – brincou ele ao passar as mãos pela calça jeans para limpá-las ao ter carregado a madeira eu ri e me aproximei unindo nossos lábios em um selinho delicado.

- Tá perfeito. – sussurrei. Ele passou as mãos pela minha cintura e assim ficamos olhando a bela paisagem a nossa frente.

- Você sabe o que penso a respeito do seu irmão, não é? Ele é uma ameaça, Carol. – colocou uma das mechas do meu cabelo atrás da orelha mesmo com o vento mais intenso.

- Eu sei, eu sei. – falei rapidamente e o beijei novamente em um selinho. – podemos aproveitar e deixar essas coisas pra lá? Por hoje. – pedi.

- Só porque você tá pedindo. – ele falou e eu não tive tempo de rir, pois uniu nossos lábios, beijo que já se transformou em algo mais intenso e eu o acariciava na nuca enquanto ele apertava a minha cintura.

Nos separamos e de mãos dadas aproximamos-nos da barraca e entramos. Era um tamanho razoável, porém perfeito para nós dois. Sentei na parte macia e enquanto o via fechar o zíper e o barulho da barraca pelo vento, tirei a minha bota e me deitei. Minhas costas agradeceram e todo o meu corpo passou por um relaxamento momentâneo.

Martin me olhava enquanto se aproximava de mim de joelhos, agradeci pelo local estar um pouco escuro já que minhas bochechas estavam um pouco coradas. Colocou seu corpo sob o meu e ficou me olhando mais de perto.

- Só me beija, por favor. – supliquei.

Ele passou a língua pelo meu lábio inferior e eu rapidamente senti meu corpo se arrepiar por completo, abri a minha boca deixando que o beijo se tornasse intenso em questão de segundos. Minhas mãos procuraram a barra da camiseta branca que ele usava e em pouco tempo a peça de roupa fora jogada em um lugar qualquer. Ofeguei ao sentir os lábios dele em meu pescoço e apertei o corpo dele contra o meu o querendo ainda mais próximo de mim se fosse possível.

Nossas bocas se encontravam a todo o momento. Era como se dependêssemos daquilo para sobreviver. Meu vestido foi retirado apressadamente e poucos segundos depois ambos estávamos apenas com roupas intimas, abri as pernas e deixei que ele se encaixasse entre elas provocando sensações intensas em meu corpo.

Um gemido mais alto escapou dos meus lábios quando o senti descer os beijos pelo meu pescoço, retirar o meu sutiã e concentrar as carícias em meus seios. Sua língua fazia movimentos circulares e meu corpo já se encontrava inteiramente quente e arrepiado com algo que ele sabia fazer tão bem, eu o acariciava nos cabelos e me encontrava de olhos fechados enquanto os beijos dele desciam pelo meu corpo se aproximando da parte mais sensível, mordi meu lábio inferior enquanto mexia as pernas e senti a ansiedade tomar conta de mim ao saber quais seriam seus próximos passos. Tentei reprimir um gemido mais alto que escapou dos meus lábios, no entanto não foi possível ao sentir a língua dele tão intima de mim. Ele passava por toda a minha intimidade ora dando mais atenção para a área mais sensível ora passando por toda a extensão. O meu corpo não aguentava mais aquelas provocações, era como se eu fosse explodir em alguns segundos. O puxei pelo braço, não suportando mais, emendando um beijo completamente desajeitado e ao fechar as pernas envolta de sua cintura o senti roçando por baixo da cueca em minha intimidade e aquilo foi gota d'água pra eu estar me aguentando, passei as unhas pelas suas costas enquanto nos beijávamos, a puxei pela barra abaixando-a e segundos depois o sentindo dentro de mim e gememos ao mesmo tempo.

The Rain: GêmeosOnde histórias criam vida. Descubra agora