🚨 CAPÍTULO 32 🚨

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Alfonso Herrera

Mais um dia se iniciava nessa merda de vida e eu sem dormir, aliás, acho que depois que vim parar aqui não sei mais o que é dormir, não tenho tempo e o pouco tempo que tenho para descansar eu simplesmente não consigo pois fico pensando muito na minha família e nos meus amigos que não vejo há um bom tempo.

Será que estão bem? Será que procuram por mim ?

Eu penso nisso todos os dias. Minha vontade é poder fugir daqui mas sei que se eu fizer isso, minha família estará em perigo.

Aqui eu não tenho amigos, vivo para trabalhar e as únicas pessoas que converso um pouco é Paco, meu amigo de " trabalho " e Anahí, aquela loira linda que chegou aqui há pouco tempo. Eu queria ter mais tempo para conhecer ela, conversar, parece ser uma pessoa tão legal.

Deitado no colchão do meu quarto eu estava, isso se posso chamar isso de quarto pois só tem um colchão rasgado, cobertor e é tão pequeno que não tem janela, quando ouvi Roux bater na porta de forma um tanto quanto exagerada. Não eram 5:30 da manhã e esse desgraçado já estava enchendo o saco.

Levantei rapidamente e abri a porta para ele

Roux – Quando eu bater você tem que atender rápido, quantas vezes vou ter que te falar isso?

Alfonso – O que você quer?

Roux – Vamos ter que mudar de endereço, vai ajudar na mudança!

Alfonso – Para onde vamos?

Roux – Está questionando demais, não? Vai ajudar ou não vai? Porque se não for, eu chamo os seguranças virem te dar um trato

Alfonso – Eu vou

Roux – Então vá agora, o caminhão está aí e você tem muita coisa para fazer!

Calcei meu chinelo velho e desci até o saguão. Comecei a levar os móveis juntamente com Paco, que está aqui a mais tempo que eu. Estávamos agora levando para o caminhão as cadeiras estofadas e os sofás de veludo que ficavam ali no salão, que somente os clientes ricos podiam se sentar

Paco – Nós temos que dar um jeito de sair daqui – Sussurrou

Alfonso – Como ? Se tentarmos eles matam nossas famílias

Paco – Eu vou pensar em um jeito, algo que me diz que logo sairemos

Alfonso – Tomara, pois eu não aguento mais essa merda

Voltei para dentro para poder pegar mais coisas que ali estavam, até que sem querer esbarrei em alguém que quase caiu, sorte que a segurei. Eu ia brigar se não tivesse visto que era ela, Anahí. Nossos olhos se cruzaram de uma maneira tão intensa que eu não sei explicar

Alfonso – Me desculpa, foi totalmente sem querer -

Anahí – Imagina, eu que peço desculpas, estava distraída – Sem graça – E obrigada por evitar que eu caísse

A soltei e então ela sorriu para mim e eu posso dizer que é o sorriso mais lindo que já vi na minha vida

Alfonso – Você se machucou?

Anahí – Não, não se preocupe

Alfonso – Você é daqui mesmo? Digo, sei lá, não sei em que país estamos – Confuso

Percebi que ela começou a rir com toda a confusão que eu fiz. Já contei para vocês que eu fico extremamente nervoso quando converso com uma mulher ? Mas eu fiz ela sorrir um pouco e aquilo me fez bem, eu sei muito bem o que ela e todas as mulheres passam aqui então fiquei lisonjeado em fazê – la rir pelo menos um pouco.

Justice And Love | Vondy |Onde histórias criam vida. Descubra agora