Elo de Konoha +18

parte 1: Perdida

Tive a oportunidade de ir para uma feira, esse ano se dizia incomum, uma data mais que especial, o dia que os planetas se cruzam e uma famosa com no estrela passaria depois  de 500 anos. Os povos medinos, astecas e medievais falavam sobre uma  grande abertura planetária, até hoje na literatura e os achados não explicavam por completo o que isso poderia trazer. Fui inventar de ser a garota errada, no alinhamento planetário errado, tocando no objeto errado e pronto, estava feito a merda.  

Um grande estrondo me assusta a sala onde ates eu residia, nesta hora parecia que algo havia trincado, olhei para os lados, aqui não poderia ter terremoto, ou poderia? Tudo começou a desaparecer, eu via finas camadas brancas que pareciam uma cortina passando desesperadamente sobre mim, gritei até o ar sair tortamente dos meus pulmões, luzes apareciam, desapareciam e eu continua sem saber onde estava. Estava aterrorizada.

Sinto uma energia cinética passar pelo meu corpo, mais camadas de luzes e sombras, até uma vontade densa de cair transborda em fios por todo o meu corpo. Caio bem em cima de duas pessoas, olho pros lados, eu estava completamente assustada. A sala era de pedra, escura se não fosse pelos pontos fracos de luz, haviam também pessoas que eu não reconheci se quer um! homens altos e brados me encaravam abismados. Mulheres bonitas, pera, algo se mexia abaixo de mim.

-isso dói! -esbravejo arredia.

Olho para frente, vendo um senhor acocorado, olhando para mim com curiosidade, seus cabelos brancos eram grandes, batiam logo depois de sua cintura. O sorriso era gostoso, ele joga uma firme gargalhada para o ar, tive até vontade de rir. Que droga foi essa que eu usei? Me drogaram? Meu deus! Só imagino que aquilo poderia ser ou uma brincadeira de muito mau gosto ou eu estava tendo um sonho louquíssimo.

Sinto uma mão na coroa da minha cabeça, era um outro senhor me tocando, dou uma batida naquele corpo estranho, fazendo algumas pessoas se assustarem, chega gritaram em contragosto. Eu fico sem entender absolutamente nada, minha cara estava até acarrancada. Este mesmo senhor me ajuda a levantar, olho para trás, vendo um homem e uma mulher com as cabeças no chão, isso seria algum ritual? Me viro para o mesmo senhor com sorriso doce, ele deveria ser algum louco... mas mesmo eu pensando assim, consigo sentir uma absoluta paz emanada por ele.

-então é ela. - sua voz estronda o ambiente enorme, várias vozes falavam em alto e bom som. Pareciam discordar, outros apenas me olhavam, percebo cores iguais de suas vestes, eu até conseguia identificar a cor dos cabelos, mas a minha miopia e a falta do óculos na queda não auxiliavam em nada. Sinto uma mão em meu ombro, era o o velho de cabelos longos, ele tinha meus óculos em mãos, boto na hora. Sinto um alívio.

-estava na bunda daquela garota tão gentil. - acabamos rindo de sua ironia.- bela queda.

-obrigado! Não teria feito melhor se tivesse planejado. - digo sem jeito, o fazendo rir mais ainda da minha ousadia.

Olho todo o espaço, vejo pessoas que pareciam importantes sentadas a nossa frente. Todos bem vestidos e bonitos, se eu tivesse autoestima baixa, acredito que estaria chorando, porque se Deus tinha preferidos no quesito beleza, aqui estavam esses filhos benditos.

Olho os dois senhores, isso parecia uma coroação? Bem, atrás de mim eram duas pessoas estranhamente deitadas  e atrás disso tudo, mais pessoas. Ao meu lado esquerdo, uma fila lateral de homens, quero deixar claro que cada um eu sentaria de um jeito diferente e com muito gosto, chego sentir um pouco de pressão em pensar tanto naqueles belos seres estranhos.

Ah, tinha um cara que eu diria ser mais velho do que eu uns bons anos , ele possui cabelo prateado bem charmoso, salvo a ressalva que quando ele me olhou... senti meu coração dizer que o amava em todos os idiomas, ele estava sentado em minha frente com um jeito meio irreverente, como podia ser tão interessante sem eu ao menos nem o conhecer? Meus pelos estão eriçados só de senti-lo e isso... é muito estranho.