cap 3- Revolta e apresentação.

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Olho aquelas pessoas desconhecidas sem saber ao certo o que esperar, parecia até que estavam na mesma, menos o velho maluco, pois ele se encontrava intrigado com a história. O  outro senhor que eu tinha gostado estava com uma cara deveras preocupado  e o filho da puta que eu odiei de primeira parecia querer morrer ali mesmo de tanta raiva, só faltava rosnar como um demônio enjaulado. Me fizeram tomar um cálice, disseram que aquilo aumentaria minha convicção, bebo quase tudo sem pestanejar, a regra era que eu precisava seguras as mãos e não soltar até que fosse conluido... mas ai eu me pergunto, conluido o que? Para completar, o gosto de ervas na minha boca mudava a cada minuto, antes era amargo, agora estava adocicando.

Chamei o prateado,  e logo o burburinho cessou. Começamos o que eu chamei de ritual e só entendi para que aquilo tudo quando nossos braços formaram uma tatuagem vermelha quente como uma chama de vela, o desnho se modificava, na verdade, pareciam galhos de árvore. Uma poeira vermelha começou a se formar sob nossos corpos, foi mais surreal ainda quando sinto sua pele da sua testa tocar a minha, a sensação de tranquilidade e excitação vieram à tona, chego morder meus lábios, prendendo um leve gemido manhoso que se formou em minha garganta. Não sei como poderia piorar toda aquela droga, so que a sensação que eu tinha a era de querer ele comigo em uma cama até ficarmos bem suados, só digo isso.

Percebo todos mais amistosos do que antes, menos a velha filha da puta, que ao contrário da filha, não abria um sorriso falso. Nos afastamos, o sorrisinho do canto de boca dele era evidente, acredito que eu estou mais abobada que nunca antes visto. Como tudo bom acaba rápido, chegou a hora do próximo... O castanho vai para meu lado, me dizendo que era a vez dele, nós juntamos os braços, de início, se fez astes brancas que se degradaram  tão rapidamente como chegou. Seu rosto tinha ficado triste, parece que isso só incentivou meu entristecimento, não saberia o que isso significava, mas imagino que o que tinhamos não supria a necessidade daquele ritual macabro. Ele foi ao meu lado, olhando para mim de um jeito devastado,o encaro tristemente.

O maluco do jiraya  empurra  para o centro aquele  que mais mexeu comigo, o cara de cabelo preto chega em passos rápidos, sem ao menos se apresentar. Nós nos  encaramos bem dentro dos olhos e sem passar muitos segundos, eu própria quebro nossa conexão. Sério, me senti olhando um poço sem fundo e a sensação que eu tinha era de uma grande solidão que crescia no peito, como um pedaço fosse retirado sem a menor consulta. Ele tinha seus motivos para não querer estar ali e isso eu tenho certeza.

Quando nossas mãos se unem e até que enfim tomamos o calice, listras pretas sobem por nosso corpo,  vejo  sua pele se transformando  em um jogo de listras uniformes que subiam por suas camadas como fosse um holograma, não tive nem tempo de me assustar ou desacreditar no que eu vira com meus próprios olhos ! algo preto entra nas suas iris e o rapaz parece tentar se concentrar, o que inutilmente, não acontece. Analiso sua respiração mudando e  desestabilizando em uma diferença de segundos, ele solta um gemido forte, que  sai dolorosamente de sua boca, me assuntado por completo, querendo retirar tamanha dor daquele homem. 

Para terminar de piorar o que já nao ia bem, o moreno vai ao chão  ainda com nossas mãos dadas, eu francamente me desespero, sem entender o que aquilo significava. Estava prestes a solta-lo mas a loira grita para que eu não separasse de jeito algum, então espero abaixada, na esperança que ele nao definhasse. As minhas preces foram atendidas e então, ele retorna a consciência e eu não pude evitar, algumas lágrimas caiem pelo meu rosto, meu medo dele não voltar foi imensa, não estava entendo nada além que o que fazíamos era realmente muito sério. Para meu alívio,  sua mão aperta a minha de um jeito fraco e todo terror que eu sentia  parece ter acabado.  Comecei a escutar as pessoas falando, eram vozes assustadoramente doloridas.

Imediatamente, meu coração descompensa, ele abre suas pálpebras, me olhando de um jeito densamente sexual, o que me assustou muito.  Acabamos sorrindo uma para o outro, minha preocupação por ele era evidente. Tomei um grande susto de vê-lo morrer ali mesmo, imagino que sua família estava na mesma. Suas mãos passam pelo meu rosto, limpando as lágrimas arredias que ainda caiam.

Elo de Konoha +18Onde histórias criam vida. Descubra agora