Angel Mondlicht : As Crônicas De Sonne E Mond

Capítulo 5 : A surra

Continuando....

-Olha o que temos aqui! Se não é o nosso pequeno herói de hoje mais cedo!

-E parece estar perdido.

-Aqui é um lugar bem perigoso para ômegas andarem sozinhos...

Puta merda, será que existe pessoa mais sortuda que eu? Só pode ser brincadeira. 

Um deles me empurra, me pegando de surpresa e sem poder desviar fui direto ao chão, tentei parecer o mais intimidante possível -por mais que a minha situação não fosse a das melhores- mas de nada adiantou. Como bom covardes que são o grupinho começou a me chutar e pisar em mim como se eu fosse um inseto insignificante. Quando cuspiram em mim aqueles palavras hediondas, percebi que talvez achassem que eu fosse do baixo clero, afinal só alguém de alto clero teria tanta arrogância nos seus trejeitos. Já me sentia dormente, o impacto das agressões nem me afetavam mais, nem me incomodei quando em algum momento me bateram tão forte que me fez cuspir sangue, a partir disso já sentia minha consciência se esvaindo, mas não antes de ver duas silhuetas vindo em minha direção, espero que seja meus amigos.

O grupo estava em 4 então tecnicamente os 2 estranhos estavam em desvantagem, mas só a simples presença dos dois já deixou o grupinho desestruturado, ouço uma voz conhecida ecoar bem no fundo da minha mente, seja lá quem for vou tentar ajudar mesmo estando tão fraco -solto a minha "presença" digna de um Ômega Lúpos, aumentando a presença das pessoas desconhecidas- minha visão foi se tornando ainda mais embaçada e tudo que podia escutar era os gemidos de dor, e uns suspiros raivosos. Até que... Tudo se tornou preto.

Angel off

Narrador on

Quando Angel saí correndo, Ravi e Aurora acham melhor não ir incomodá-lo, mas ao  procurarem com os olhos o pequeno ômega pelo salão e se depararem com toda aquela confusão sem pensar duas vezes os dois saem correndo para poder acudi-lo. Sem nem falarem nada os irmãos já partem pra cima dos arruaceiros, a dupla limpa o chão do salão com a cara dos seus adversários que tentam revidar do jeito que conseguem, mas nada abala Ravi que parecia cada vez mais bravo -deixando a sua "presença" (ou cheiro) mais forte e mais assustadora- fazendo o grupinho se tremer por inteiro até Angel se assustou um pouco. Depois de muita violência gratuita o "quarteto babaca" tenta fugir dos irmãos, sem sucesso, o único que competia com a força dos dois era líder do grupinho que brigava diretamente com Ravi, e o restante já estava ferido demais pra contra-atacar.

Chegando de longe era possível ver Geovana e George vindo em direção ao amigo que já tinha desmaiado no chão, os dois Betas sentem o ódio os consumirem. Por que tinham que ser tão cruéis com seu Anjo? Ele não merece isso... Geovana tinha uma aura horripilante, parecia muito com a presença de um Alfa mesmo não sendo uma.

A Beta se agacha perto do amigo caído, faz um leve carinho no cabelo bagunçado do outro e diz com os dentes cerrados pela raiva:

-QUE MERDA ACONTECEU AQUI?...

Sem esperar por uma reposta a garota coloca um braço embaixo da nuca e o outro braço atrás dos joelhos do amigo e se levanta, e com o Angel em seus braços -com muita cautela- ela o entrega a George que o pega de imediato.

-Leva ele pra enfermaria, rápido! E chama os guardas reais para cuidarem desses alunos aqui!

Ordenou Geovana e George sem questionar muito já foi correndo fazer o que lhe foi pedido. Ravi preocupado com o pequeno Ômega foi atrás para o acompanhar.

-Vamos cuidar para que eles não fujam.

Disse a Beta depois que os meninos saíram de seu campo de visão, e ao seu lado uma Aurora nervosa assentia positivamente com a cabeça. Quando a guarda real chegou e junto alguns enfermeiros levando o "quarteto babaca" para o hospital, as meninas foram correndo até a enfermaria. E quando chegaram encontraram Angel ainda desacordado com alguns curativos e tomando soro, Aurora foi em direção a enfermeira -que estava do lado de fora do cômodo- ansiosa pra saber da situação de Angel.