Capítulo 6: Dia tranquilo parte 1

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Angel finalmente tinha saído daquele lugar agoniante e voltado pra casa de seu tio avô, mas não estava no melhor do seus humores. Nosso pequeno Angel tinha sido proibido de fazer grandes esforços físicos e andar era uma delas. Como um pássaro selvagem preso em uma gaiola, Angel se sentia impotente e injustiçado, e consequentemente seu comportamento se tornou ainda mais difícil de se lidar. Os médicos, seu tio avô, "seus alfas"... Para Angel todos estavam contra ele.

Angel acordou com sua visão escurecida se sentido abraçado por panos finos, pareciam curativos, o que dava uma aparência mumificada para quem visse de fora. Se sentiu atordoado, não se lembrava de nada, que lugar era aquele? Entrou em pânico, gritou em plenos pulmões por ajuda, e automaticamente se sufocando um pouco com os panos finos em seu rosto.

Se sentindo sufocado e com medo, começou a chorar. Lágrimas caíam de seu rosto como se tivesse aberto uma torneira. Chorava por sua vida, nunca se sentiu tão desamparado.

Ainda em lágrimas, um pequeno ranger de porta pode ser ouvido pelo quarto. E passos apressados e ansiosos adentrando o cômodo. E uma voz suave ecoando.

-Baby!!? Oque houve???

Escutou barulhos de metal, como se tivesse aberto um cadeado pesado de uma prisão. Que??? Tinha sido preso numa gaiola?

Aurora tenta se aproximar do pequeno ômega mas foi afastada por Angel antes mesmo de encostar nele.

-Quem é você??? Onde eu tô??? EU FUI SEQUESTRADO?

Aurora vendo que ele estava bem solta um suspiro aliviado se deixando rir um pouco da reação do outro. Tentando o confortar ela decide afrouxar um pouco as faixas, dando a ele a visão da sua cama com grades pelas pontas, ele realmente parecia preso numa gaiola.

-Claro que você não foi sequestrado anjinho, estamos no seu quarto na casa do seu avô.

-Se esse é meu quarto, por que eu não lembro de nada?

-Provavelmente isso é um efeito colateral dos remédios que controlavam os níveis de hormônios do seu corpo... Como você entrou em um sono profundo você deve estar com fome, não é?

Sem esperar qualquer confirmação de Angel, Aurora pega um dos braços dele e passa ao redor de seus ombros dando um apoio para ele se levantar da cama. Ele recua bruscamente, se recusando a ter qualquer ajuda. Aurora se sente curiosa por tal ato.

-O que esta fazendo? Desde quando eu te pedi ajuda pra alguma coisa?

-O médico disse que você não pode fazer grandes esforços, não pode recusar minha ajuda.

-Eu sei andar sabia?

-E o que você vai fazer sobre isso? Você está fraco, não tem escolha.

-Mas eu-

-Você quer mesmo me desafiar?

Angel se sentiu um pouco intimidado, ela não parecia ter muita paciência e era perfeitamente capaz de tirar ele de lá a força. Angel que não quis passar por essa humilhação, cedeu, e se sentiu desnorteado quando Aurora pegou ele no colo como um bebê e foi caminhando até as escadas e as descendo com facilidade (sorte que o Angel é bem magro). Enquanto desciam as escadas a sala foi aos poucos entrando em seu campo de visão, e sentados num sofá George, Ravi e Geovana conversavam normalmente.

-Olha quem finalmente acordou!

Disse Aurora enquanto pisava no último degrau da escada.

-Nosso bebezinho finalmente acordou.

-Esse bebê ta uma cara emburrada, cadê a chupeta dele hein?

Disseram Geovana e George zombando do amigo deles, ganhando de Angel uma cara ainda mais brava.

Angel Mondlicht : As Crônicas De Sonne E Mond Onde histórias criam vida. Descubra agora