43 - °Você vai perder ele°

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Segui ao lado de Cho por alguns corredores e a escada. Eu não ousei falar uma palavra, ela também não mas as vezes fazia algum barulho indicando que queria falar. Alguns segundos antes de chegarmos ás masmorras a dúvida me corrompeu.

- Onde você estava na batalha? - perguntei sem olhar em seus olhos.

- Você realmente acha que eu ia arriscar minha vida por você e Potter? - ela riu sarcástica. - Eu não me importo com você, se Cedric está vivo por mim tudo bem.

- Então você finamente superou ele? Finalmente, achei quer estava na hora. Nota número um: nunca comemore a vitória antes da hora.

- Oh não, eu só estou preparando um jeito melhor para tudo acontecer. Você vai perder ele, S/n. Vai perder ele para mim. E não vai ter de volta. - Eu sorri de lado pensando em o que de fato ela poderia fazer. Não há nada que ela possa fazer de tão ruim, não?

Ela pode usar polissuco mais uma vez, o que é improvável pois não deu certo da primeira vez. Ela pode fazer chantagem, mas Cedric não seria tão tolo ao ponto de acreditar nela. Ela não pode fazer nada.

- Sabe o que me impressiona? - ela diz. Eu não respondo. - O fato de Cedric ter se apaixonado por você. Você não é nada. Você é chata, feia, seu corpo é horrível. - Ela parou, eu também. Finalmente olhei para aqueles olhos puxados que eu tanto queria arrancar fora.

- Cho, você sabe que isso não vai funcionar. Por que se humilha desse jeito?  - ela realmente não me atingia, não com esses "xingamentos".

- Me pergunto também como sua mãe pode ser tão feia e seu pai tão idiota. - meu sangue ferveu, ela tocou onde não deveria tocar. Onde não deveria se quer pensar em tocar. Levantei minha mão, um tapa ardido foi desferido em seu rosto. Do jeito que foi, voltou. Com as costas da mão.

- Nunca ouse falar da minha família, eu não tenho medo de te bater, Cho. Nem de te matar. E acho bom você procurar outro lugar para arrumar pois se eu ver por mais um segundo sua cara eu não me responsabilizo por meus atos. Da última vez que eu te bati você não saiu tão bem da situação. - disse apontando a varinha em seu pescoço. A garota se fez de indiferente e apenas saiu dali. Meus punhos estavam fechados e tudo estava tenso.

Relaxei os ombros, maxilar, testa, aos poucos o corpo todo. E segui á arrumar as masmorras. Estava horrível, bem destruída. Aos poucos fui colocando tudo no lugar, e pelo menos a passagem do corredor estava livre.

- S/n? - escutei uma voz me chamar. Me virei vendo Cedric na porta da masmorra. - Por que você está sozinha? Cadê Cho? - ele olhou em volta.

- Ela me ameaçou, me xingou e xingou minha família. Eu bati nela e a expulsei. - ele apertou o passo até mim.

- Ela fez algo com você? Está tudo bem? - ele colocou as mãos em meu rosto, me analisando cuidadosamente.

- Está tudo bem Cedric, mas por que veio me procurar? - ele fitava meu rosto.

- São quase duas da tarde, eu não vi você ir almoçar e fiquei preocupado. - Eu não sei por que mas aquilo me deixou minimamente feliz, saber que ele se preocupava comigo.

- Obrigada, nem reparei a hora. Não estou com fome. - ele beijou minha testa.

- Mas você precisa comer, pode passar mal. - ele se afastou um pouco, o suficiente para me ver.

- Se eu não for, você não vai me deixar né? - ele negou, pegou em minha mão e me levou até o salão principal, onde se encontravam resquícios do almoço. Ninguém mais estava lá, talvez todos já tivessem voltado ao trabalho. Comi pouco, não havia fome. Quase nenhuma. - Você sabe onde Cho foi? - Eu perguntei para o garoto ao meu lado. Eu queria saber se ela foi embora e deixou de nos ajudar mais uma vez ou se tinha continuado. Ele engoliu em seco, parecia tenso.

- Ela foi me ajudar no quinto andar. - engasguei com a comida em minha boca, olho incrédula para ele.

- E você não me disse nada? - tomo um gole de suco.

- Eu achei que você ia ficar brava, me desculpa. - ele estava certo, eu ficaria brava. Mas eu confio nele, e se ele fizer algo com Cho nosso namoro acaba e pronto. Terminei de comer em alguns segundos.

- Eu tenho que voltar, Cedric. Tchau. - saí da mesa calmamente, Cedric me sussurrou um tchau, como se estivesse assustado. Voltei as masmorras onde eu já havia liberado passagem para a sala de poções e a comunal da sonserina. Escutei alguns murmúrios da sonserina e logo dali saíram Pansy Parkinson e Blaise Zabbini. Minha ex-melhor amiga que me bateu para ficar com meu ex-namorado, que me deixou por ela. Torci internamente para que não me vissem, tentei fazer o mínimo de barulho possível.

- S/n... - Pansy chegou atrás de mim, me virei, internamente desejando que tudo aquilo fosse só um sonho. - Parece que você continua mole, ainda apanha nas brigas? - ela fitou meus cortes pelo corpo.

- Não sei, quer descobrir? - ela me olhou de cima à baixo com as sobrancelhas arqueadas, Blaise me olhava. Pude reparar que ele estava mais alto, mais forte e mais bonito. Provavelmente mais canalha também.

- Você ficou mais gostosa, S/n. - ele passava os olhos por meu corpo.

- Pois é né, pena que eu não te perguntei nada.

- Por que você está tão brava? Não superou ainda? - ela sempre tentava me atingir, mas talvez estivesse percebendo que não era mais tão valentona assim para mim. - Você ainda continua pobre, sem amigos e órfã. Nunca vai sair desse patamar. Vai estar sempre em baixo.

- Sabe Pansy, se eu fosse você eu não tiraria conclusões tão precipitadas. E Eu acho bom você sair daqui por que você também não vai querer descobrir se eu ainda apanho nas brigas. - uma curiosidade que me corroía por dentro era se eles ainda namoravam, mas eu não perguntei isso, não agora.

- Você não me dá medo, S/n. - por que ela se achava tanto? Eles eram tão completamente inúteis como Cho.

- Sabe, onde vocês estiveram na batalha? Foi covarde ao nível de não lutar junto à escola que você cresceu. - eu realmente queria irrita-lá

- Nós estávamos ocupados lutando do outro lado. - Então eles viraram comensais? A última vez que me meti com uma eu matei ela na porrada. De qualquer jeito eles não me assustam mais.

- E agora vocês têm uma tatuagem feia no braço que servia à um ser sem nariz que agora está morto? - provoquei.

- Quem você acha que é para falar dele?  - Blaise se pronunciou. - Ainda me pergunto como aquele inútil do Potter conseguiu matá-lo. - Ergui minha mão rapidamente e pela segunda vez no dia bati em alguém. Um tapa em seu rosto e saí andando até a comunal. Andando quase correndo, na verdade. Meu sangue fervia, eu estava estressada e juro que pude imaginar meu cabelo cair de tanta raiva que se passava em meu corpo.

Abri todas as portas fortemente, e bati-as na mesma força. Me joguei na cama, isso tinha virado um inferno quando eu achei que tudo tinha acabado.

Grite.

Meu subconsciente me disse. Foi o que eu fiz, mas no travesseiro.

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Oi gente, talvez meu bloqueio criativo tenha acabado. Hoje talvez irão sair mais capítulos.

Comentem bastante que eu amo.

E se eu disesse que eu te amo? - S/n e Cedric DiggoryOnde histórias criam vida. Descubra agora