44 - °Ameaças°

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Eu não sei porque gritei, aquilo era ridículo. Mas antes que eu dormisse eu tranquei a porta do quarto, eu não queria ninguém enchendo meu saco, não aquela hora. Acordei naquele sábado com uma carta que haviam passado por baixo de minha porta.

S/n,

Achamos melhor você se juntar a nós novamente, voltarmos a ser o trio que éramos. Eu te perdoo pelo tapa. Esperamos você na torre de astronomia, amanhã seis da tarde.

Blaise

Rasguei a carta incrédula, o que ele achava que ia acontecer? Ele realmente acha que eu iria na torre de astronomia? Que voltaríamos a ser aquela merda? Saí do quarto sem querer falar com ninguém, eu não estava bem para isso. Mas como nada é como queremos, eu teria que falar com alguém em algum ponto do dia. Acho que a única pessoa que eu queria agora era Harry. Decidi ir tomar café da manhã, e para minha felicidade Harry estava lá também, sozinho.

- Oi Harry. - me sentei em Sua frente.

- Oi S/n. Está tudo bem? Não vi muito você ontem. - Ele me olhava preocupado

- Está tudo bem sim. Eu só estava muito concentrada em arrumar as masmorras. - ele assentiu comendo uma torrada.

- Eu estava pensando, o que acha de amanhã fazermos aquele nosso programa de irmãos? Só nós. - aquilo me animou, de fato.

- Claro, estava esperando por isso. - assenti.

- Você não vai comer? - ele apontou para a comida.

- Não estou com fome. Depois que você comer vou direto para as masmorras. - Harry estava desconfiado mas eu não estava totalmente pronta para dizer o que tinha acontecido. Harry terminou de comer, me despedi dele e fui as masmorras mais uma vez. Eu estava quase acabando o corredor. Eu me afogava em meus pensamentos lá, sozinha.

Eu gostaria muito de dizer que Cho não me preocupava mas eu estaria mentindo descaradamente. Pansy e Blaise não me preocupavam, não agora. Eles só trouxeram todo aquele stress de volta. Acho que neste momento meu calmante é pensar no dia de amanhã, tirado para mim e meu irmão. Devo ter passado algumas horas arrumando a masmorra pois ouvi o relógio dar doze altos toques. Eu estava com fome mas eu preferia ficar lá, sozinha. Como sempre estive. Virei o corredor ficando em um canto que se alguém abrisse a porta não me veria. Me sentei ali, e fiquei por alguns minutos.

Uma pausa, um descanso.

A verdade é que nem eu sabia por que estava assim, só que algo me dizia que alguma coisa não estava certa, que algo ia dar errado. Ninguém tinha ido me procurar, e com ninguém eu digo Cedric. O único que eu esperava. Devo ter passado algumas belos dez minutos no chão pensando, sempre pensando. Eu terminei o trabalho em duas horas e me tranquei em meu quarto de novo.

Eu estava sendo dramática, por que estava tão abalada?

Uma pergunta que vagava em minha cabeça era por que Blaise e Pansy me queriam de volta. Não está certo, está tudo errado, tudo de ponta cabeça.

- S/n? - escutei a voz de Cedric através da porta, depois de algumas batidas.

- Eu não quero conversar. - me encolhi na cama.

- Não precisa. Alohomora. - ele entrou em meu quarto, fechou a porta novamente e sem dizer nada apenas me abraçou na cama. - Você está brava comigo? - não respondo, eu não sabia se estava. Neste momento eu não sabia de nada. Cedric me apertou mais no abraço em um ato de reconforto, que talvez tenha ajudado um pouco. Logo começou a fazer carinho em minhas costas, eu me segurava para não dormir. Era difícil. Desisti de resistir e dormi nos braços do garoto que talvez estivesse um pouco chateado comigo.

E se eu disesse que eu te amo? - S/n e Cedric DiggoryOnde histórias criam vida. Descubra agora