Nesse momento eu estou deitado no sofá assistindo uma reportagem que nem ao menos sei do que se trata. Eu só estava deitado aproveitando o ventilador no meu rosto – já que tá bem calor hoje – enquanto como minha batata frita feita a algumas horas atrás, deixei para comer agora propositalmente, já que ela fica bem melhor murcha.Eu tinha planejado treinar hoje, mas quando acordei e me deparei com o sol querendo fritar minha cara logo de manhã eu apenas desisti. Mesmo adorando o divino alimento que tenho comigo agora, esse calor me deixou na vontade de comer algo gelado – de preferencia que tenha gosto. Depois de muita briga interna e uma grande luta contra a procrastinação, me levantei do sofá, irei comprar sorvete para mim e para minha mãe, até porque, ninguém merece aturar esse calor sem um aliviozinho.
Assim que achei minha carteira e coloquei uma roupa mais larga, coloquei um chinelo qualquer rumando para fora de casa. Quando coloquei os pés para fora e senti o sol queimar minha cara quase desistir de sair, estou sem sombrinha já que minha mãe levou a dela, mas prossegui com lágrimas nos olhos.
Não demorou muito pra chegar na lojinha perto de casa, que por incrível que pareça estava lotada. Fala sério, quem sai de casa pra comprar lanchinhos da tarde em pleno sábado? Senti a preguiça descer em meu corpo novamente olhando o tamanho da fila, mas fui rastejando até dentro da loja mesmo assim.
Demorou um pouco para eu escolher os sabores, além de não ter trago muito dinheiro eu sou indeciso, tive que ficar uns 10 minutos analisando pensando "Qual sabor eu não quero perder de jeito nenhum", a resposta era todos, mas já que não pode, peguei só alguns de morango, limão e uva. Básicos.
Quando estava voltando para casa abri um picolé para ir comendo no caminho, mas foi só eu dar três passos que eu senti meu celular vibrar. Com um pouco de dificuldade por estar segurando uma sacola eu o atendi, só esqueci de ver quem era.
— Alo?
— Yamaguchi, você pode vir aqui na Fukurodani? — A voz do loiro se fez presente do outro lado me fazendo, em um momento de desconcerto, deixar o sorvete que eu desfrutava cair.
— A-aconteceu alguma coisa? — Perguntei um pouco mais calmo pegando o palito do chão e um papel qualquer que eu achei na sacola para limpar o pedaço do chão.
— Não, você pode vir?
— Eu planejei procrastinar o dia inteiro, mas posso mudar meus planos. — Disse em um tom brincalhão por saber que Tsukki odeia ser rejeitado, voltei a andar em direção a minha casa, agora um pouco mais rápido para poder ir de encontro com o loiro.
— Se esse for um plano importante para você, pode deixar para lá — Sua voz saiu rude. Funcionou pelo visto.
— Eu já estou indo — Disse por fim esperando uma resposta positiva do mesmo, mas ele só desligou o telefone. Por que tão grosseiro?
Quando cheguei em casa fui logo colocando os picolés no congelador antes de ir para o quarto me arrumar. Acabei por só trocar a parte de baixo colocando uma bermuda jeans menos despojada que a outra fazendo o calor aumentar um pouco. Peguei o troco do mercado, um picolé para comer no caminho. Eu teria que ir de táxi, vai ser demorado.
.
Demorou quatro horas e meia para que eu chegasse de táxi – O que o Tsukki não me pede rudemente que eu faça chorando? – Assim que paguei o motorista fui em direção a escola encontrando o loiro me esperando na entrada enquanto mexia no celular, espero que ele não tenha ficado lá por quatro horas.
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Todos os meus defeitos
RomanceInsegurança é tudo o que me assombra hoje, eu pensei ter superado, pensei que as sequelas da infância não me afetassem mais. Mas talvez o loiro inesperadamente seja meu porto seguro no meio de toda essa bagunça onde tudo o que eu vejo são meus defei...