Atrás da minha felicidade (+16)

63- Nós quatro...

Cristal P.O.V's

[No mesmo dia - Sábado - 13h41m]

Já fazia um tempo que estávamos na estrada. O Teddy andava,andava e andava,mas nunca chegava até o local que ele queria. Ficamos o caminho inteiro em silêncio,ele me lançava olhares,mas eu não retribuía,eu estava muito chateada com a reação dele,assustada e preocupada. Eu fiquei triste comigo mesma de ter ficado com medo dele,afinal,ele é o homem que eu amo e o pai das minhas filhas,o amor da minha vida,eu deveria ter confiado nele,e não ter ficado com medo. Estou realmente triste comigo mesma.

Tempos depois ele para o carro em uma estrada de terra,bem no acostamento. Dava para ouvir o barulho de ondas batendo e canto de gaivotas,ele me estendi a mão,mas eu me recuso,então ele apenas indica o caminho e eu sigo sozinha. Até que chegamos em uma parte ingrime,difícil para eu descer sem ajuda.

- eu sei que você não quer ajuda,mas aqui é perigoso - ele fala um pouco receioso.

Eu não falo nada,apenas estendendo a minha mão e então descemos até a area da praia,caminhamos até a beira do mar e nos sentamos,um do lado do outro.

- eu... - ele começa,mas eu logo o interrompo.
- primeiro,eu queria me desculpar... - começei,já deixando lágrimas caírem - eu estou me sentindo muito mal,por ter ficado com medo de você,afinal você é o amor da minha vida e pai das minhas filhas,não deveria ter medo de você - falei limpando minhas lágrimas.
- não,você tinha toda razão de ficar com medo... É lógico que eu não encostaria um dedo em você,eu não sou louco de fazer isso,mas eu fui um grosso e um babaca,eu te entendo - ele falou olhando para baixo,parecia envergonhado.
- tudo bem... - eu disse para ele se acalmar. Ele concorda com a cabeça e respira fundo.
- continuando... Eu não te trouxe aqui para te fazer mudar de idéia,acho que você tem toda razão,eu tentei te proteger durante toda a gravidez até hoje,e naquele dia eu também fiquei desesperado,eu morri de medo de perder vocês duas,eu nunca senti aquilo durante todo esse tempo,nem mesmo com o Din - ele falou ainda olhando para baixo,e acabo vendo uma lágrima cair - então... Com toda certeza desse mundo,se você ainda me querer depois de tudo que aconteceu mais cedo,eu quero ir embora com vocês,eu também vou deixar qualquer coisa relacionada ao mundo do crime,não só pelas nossas filhas,mas também por você,você é o grande amor da minha vida,O amor da minha vida - ele finalmente completou dando ênfase no "o",me deixando aliviada e com o coração quentinho. Eu não tive outra reação a não ser pular em seus braços e enche-lo de beijos,ele se deita na area e eu continuo por cima,ainda com os beijos.
- eu te amo demais... Eu não queria te deixar,queria viver o meu "felizes para sempre",ao seu lado - falei deixando mais lágrimas caírem.
- e nós vamos viver - disse me puxando para um beijo delicado,acompanhado de um carinho na nuca. Logo ele para e deposita apenas mais um selinho nos meus lábios,levando o carinho até minha bochecha - e pode ficar me dando um gele por um longo tempo,eu sei que mereço,eu fui um babaca - falou sério,olhando em meus olhos.
- pode ter certeza que você vai levar um belo gelo,de no mínimo uma semana - falei também séria e me levantei - você já falou com os meninos? - pergunto estendendo minha mão para ajudar ele a se levantar.
- não... Na real falei por cima,acho melhor nós dois falarmos,como você pensou em fazer? - ele perguntou se levantando e começamos a caminhar em direção ao carro.
- primeiro eu vou deixar tudo para as meninas,casa,bar,armamentos,munição,coletes e afins. E pretendo voltar para Itália,pra Latina,ficar perto da minha mãe e viver uma vida tranquila por lá - revelei pensando em cada cena que vinha na minha cabeça.
- gostei da ideia. A gente vivendo em uma fazenda perto da sua mãe... Imagina nós dois velhinhos naquele lugar? - ele perguntou sorrindo,me fazendo rir.
- é exatamente isso que eu quero,morar em uma fazenda,não tão afastada da cidade,mas longe o bastante para ficar no silêncio - falei parando no início do barranco,esperando ele me ajudar a subir de volta. Ele sobe primeiro e lá de cima me ajuda a subir.
- acho que só falta chegar e conversar com a pessoal - ele completou depois que já estávamos em cima do morrinho.
- é isso,vamos lá - falei entrando no banco passageiro,ele entra no motorista e então seguimos de volta para casa.