Atrás da minha felicidade (+16)

61- Memórias apagadas

Teddy P.O.V's

[No mesmo dia - sexta-feira - 11h50m]

Já fazia um tempo que eu estava tentando acordar a Cristal,eu estava desesperado e muito preocupado.

- *O que está acontecendo? Meu Deus,eu não posso perde-las* - pensei segurando minhas lágrimas.

Minutos depois escuto a celular da Cristal tocar. Peguei e olhei quem era,Renata,finalmente eles chegaram.

[Celular - Renatinha - 12h00m]

- finalmente,que demora - falei um pouco desesperado depois que atendi.
- são muitas pessoas,não se esqueça - ela falou parecendo cansada.
- preciso que entre,é urgente,a gente não pode sair sem ser suspeito - eu falei rápido.
- ok,entrando. Desarmada? - ela perguntou,eu confirmei e desligamos.

Segundos depois ela entra despercebida e se aproxima de nós. Fica desesperada como eu,ao ver a Cristal desacordada.

- meu Deus,o que aconteceu? - ela pergunta preocupada.
- eu também não sei e estou desesperado,tira ela daqui,eu vou deixar o dinheiro na recepção,deixa ela no carro e me encontra na porta com uma arma,vou ameaçar o manobrista pra achar meu carro - falei me levantando e mexendo na carteira - pede pra colocar um colete nela,pode ser que role um tiroteio - ela concordou e pegou a Cristal no colo com um pouco de dificuldade,saindo do hotel.

Eu vou até o balcão da recepção e deixo uma quantia em dinheiro,não faço a menor ideia de quanto. A recepcionista ainda não estava lá e nem a gerente,então apenas deixo o dinheiro no balcão e vou em direção a porta.

Passei pela porta e encontro a Renata,ela me entrega uma arma e então fomos em direção a cabine que o manobrista fica,na frente do hotel. Nós nos aproximamos em silêncio sem ser percebidos,ele estava de costas para nós,eu aponto a arma na altura da cabeça dele e cutuco seu ombro,ele se vira e eu coloco meu dedo indicador na frente da minha boca,pedindo silêncio.

- eu quero silêncio e também quero saber onde está meu carro - falei baixo com a arma apontada bem na testa dele.
- e-eu não s-sei qual é seu c-carro - ele falou gaguejando com as mãos levantadas,se rendendo.
- BMW 320i,branca - falei ainda com a arma apontada.
- e-eu não c-conheço carros s-senhor - ele falou ainda gaguejando.
- mas você lembra de mim e o carro que eu cheguei aqui. Não venha falar que não. Vai andando,me mostra onde tá - falei pegando ele pelo braço e apontando a arma no lado da sua cabeça. Começamos a andar. A Renata olhava para trás observando de tinha mais alguém perto de nós. Entramos em estacionamento subterrâneo e ficamos olhando de um lado para o outro.
- eu não m-me lembro o-onde está senhor - ele falou com medo.
- eu sei que você se lembra porra,ou você me fala onde está ou você e aquelas mulheres lá dentro morrem,tá me entendendo - falei um pouco mais alto forçando a arma na cabeça dele.
- tá bem,tá bem,eu sei,não matem elas,por favor - ele falou apavorado.
- onde tá caralho? - pedi novamente.
- na vaga N1 - ele falou apontando o caminho. Eu seguro na gola da sua camisa por trás e começo a empurra-lo. Ele nos guia até lá. Até que chegamos de frente para o meu carro.
- vai ter sua placa anotada em algum lugar - a Renata falou depois que paramos perto do carro. Eu olho para o cara,que engole seco.
- onde? Me fala ou você morre,o que prefere - falei com raiva apontando com força a arma na testa dele.
- eu prefiro te ver preso,você não vai ver seu filho nascer,bandidinho do caralho,eu sei que você não tem cora... - eu atiro na cabeça dele antes que ele termine aquela frase.
- eu não tenho coragem filho da puta? - eu pergunto para o corpo sem vida no chão e dou um chute na costela,mesmo ele não sentindo - não fala da minha filha caralho - falei e dei mais alguns tiros na cabeça dele.
- ei,calma - a Renata falou segurando a minha mão - vamos,a Cristal já deve ter acordado - eu concordei e entramos no carro - e a placa anotada? - ela perguntou me lembrando.
- tô pouco me fudendo,o carro está em um nome falso,vamos joga-lo em um lago aqui perto e depois entramos em algum outro que vocês vieram - falei ligando o carro e saímos do estacionamento.