"Está pronta para isso?" aquelas palavras ecoavam na minha cabeça no momento. Não, eu não estava pronta para aquilo, mas o que eu poderia fazer agora? Já estávamos em meio às ruas de Tóquio. Pedi para ele usar um capuz e de mal grado ele o fez, e então estamos aqui agora.
— Itadori não vai recobrar o controle logo? – perguntei sem muito propósito enquanto olhava algumas lanchonetes na rua. Sukuna estava calmo, sem comentar muito, e às vezes soltava alguns insultos baixos para pessoas que passavam por nós, e às vezes ele perguntava sobre o que era tal coisa ou comida. Ele virou o rosto para mim e sorriu.
— Sim, quem sabe... – falou vagamente me deixando intrigada. Continuamos andando por um tempo, havia muitas pessoas andando pelas ruas naquela noite, o que eu sempre gostava – Ali. – ele apontou para uma loja de conveniência.
— Quer ir lá, é? – por um lado, parecia que eu estava com uma criança, mas por outro, eu tinha que manter muita cautela, estávamos falando de Sukuna afinal.
— Pode ser.
Entramos e não havia muita gente ali, dei boa noite para o garoto no caixa e formos olhar as comidas.
— Olha, eu não faço a mínima do que você quer com isso tudo, mas quer comer um ramen? – falei enquanto pegava um ramen de copo e ele meio desconfiado aceitou a proposta. Pedi dois e comemos lá mesmo.
— Eu já disse que não tenho propósito de fazer nada demais por hoje, só estou me aproveitando desta oportunidade. E queria me divertir com um brinquedo novo – parei de comer para encarar ele
— Que brinquedo? Ou você acha mesmo que sou uma boneca em suas mãos? – ele não respondeu e sorriu
— Você parece bem burra para perceber isso agora, humana. – suspirei alto e tentei controlar minha raiva, aquilo não parecia ser real, eu não acreditava que aquele demônio estava sem atacar ninguém, e ainda mais, com um papo de que eu era seu brinquedo.
— Vamos, terminei. – disse enquanto me levantava para jogar o copo no lixo. Ele não estava muito interessado na comida de qualquer forma, e formos. Caminhamos por um bom tempo e acabamos por parar em uma praça. Estava vazia e mal iluminada, comentei para irmos até os balanços.
— Garota. Você realmente parece um inseto interresante até – não o olhei, mas pude sentir seu olhar fixo em mim. Segurei nas correntes do balanço e continuei olhando para meus pés – Acho que é um dos motivos que eu quis usar o corpo deste garoto. – finalmente o olhei. Não era possível que ele havia falado aquilo. O que eu poderia atribuir na vida dele?
— Por quê? Eu tenho certeza de que sou interresante, mas para você é outra coisa, por quê?
— Haveria opções melhores no momento?
— Ah, certo. Minha vontade de te bater agora, foi enorme – soltei uma risada sarcástica e olhei pro lado, mas logo voltei minha atenção para ele de novo. Ele estava sério – Antes que você reclame ou me ameace, não sou doida de tentar isso... agora.
— Agora? – ele sorriu maliciosamente e ri fazendo sinal positivo com a cabeça.
Eu sabia que ele era um assassino dês da primeira vez que eu tinha o visto, e acho que ele sabia que eu era uma ladra de corações alheios, mas talvez ele possa se juntar ao assalto comigo. Ri pensando nisso e mordi o lábio inferior enquanto olhava para meus sapatos.
— Não me faça de piada para seus pensamentos – ele comentou olhando a lua e suspirou antes de se virar para mim – Essa é minha primeira tentativa de usar o corpo do garoto quando ele estiver esgotado, e funcionou, mas espero usar para outras vezes
Duas palavras, aquelas duas palavras definiram meu futuro. Agora, já sabendo do início, posso te mostrar o presente. E este presente me deixa ansiosa, e geralmente com uma adrenalina enorme, mas eu não posso negar que amo tudo isso. Sukuna isso o corpo se Itadori mais vezes, e todas as outras vezes ele estava comigo, não pude deixar de reclamar, mas no fundo eu deseja que ele aparecesse sempre e sempre. Era uma atração estranha, aquelas brigas, o jeito sarcástico, mas era uma atração. Eu sempre amei a noite, e agora, parece que ela também me ama.
Eu estava em um banco sentada, a lua estava cheia e meu perfume estava sempre nas minhas narinas, talvez eu tenha colocado muito, mas gosto dessa sensação. Pude sentir, repentinamente, uma mão em meu pescoço, este ato me fez arrepiar.
— Lindo o jeito como você me espera – a voz, mais uma vez, rouca ressou em meus ouvidos. Sukuna tinha acabado de chegar mas já estava me deixando irritada.
— Como seu "cão de guarda" – ironizei enquanto revirava os olhos. Ele se sentou ao meu lado e segurou minha cintura, e com a outra mão, segurou meu queixo, virando meu rosto para olhar o dele.
— Exatamente – sei que se fosse qualquer outra situação, e outra pessoa, eu já teria reclamado, mas naquele momento, eu senti meu rosto queimar de vergonha e meu coração bate rapidamente. Ele sorriu. Ele sabia como eu estava me sentindo, e aquilo me dava raiva, ele se aproximou e acabou com o espaço entre nossas bocas.
Me esqueci da raiva, e me lembrei da ansiedade. Era estranho beijar um demônio, um dos mais perigosos, o seu maior inimigo, e era estranho que este demônio tivesse a aparência de um aluno seu (não exatamente meu, mas ok), sim era tudo estranho e até desagradável, mas naquele momento, eu estava ansiosa por mais daquela estranheza, daquele jogo criminoso.
Espero que tenha gostado, e me desculpem qualquer erro ortográfico, irei revisar as duas partes assim que possível. Me desculpem a demora e tudo mais, mas espero que realmente gostem :)
Qualquer sugestão para personagens será bem vinda.
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𝐢𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬 𝐞 𝐩𝐫𝐞𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐜𝐞𝐬
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