🦊 Chapter Two 🐺

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Esse medo de perder,
não te deixa me olhar, esqueça o que
passou e tudo vai mudar, agora eu
posso ser seu anjo, seus desejos sei de cór,
pro bem ou pro mal você tem e não
vai se sentir só..
— Tânia Mara.


J I M I N

Passaram-se apenas dois dias desde que voltei para minha matilha, e que Taehyung havia dado o ar de sua graça em nossa aldeia que estava bem movimentada.

Eu estava sozinho em minha casa, apreciando as iguarias que minha mãe me fornecia por saber que não me sentia confortável com toda essa maldição descabida. Eu até fingi não estar extremamente triste por ter se tornado um ômega, mas meu interior estava inquieto, não conseguia me sentir eu mesmo por diversos momentos. O problema era o meu orgulho que estava ferido, tanto que evitava sair pelo povoado por saber que todos os alfas da alcatéia iriam apontar-me e julgar-me, principalmente por ainda estar morando com a minha mãe mesmo sabendo que os ômegas só podiam viver distantes de todos os alfas, — ao menos os que não fossem marcados claro, — mas eles estavam odiando o fato da minha presença e meu cheiro, ainda que estivesse no lugar onde sempre estive, era impossível não ouvir os murmúrios.

Jaebeom era o único que pisava em nossa cabana para trazer algumas notícias, Yoongi não tinha sequer saído de sua tenda pois cuidava do novo recém chegado, e isso fez os outros alfas trabalhem mais para cobrir seu turno nas fronteiras.

Yujin fez tudo de bom grado, tomou o seu posto, ajudou levando comida, explicou a situação para os outros alfas que moravam ao redor e sentiam o cheiro forte de morangos e cravos, mas ainda assim a situação estava cada vez mais difícil, principalmente com os ômegas que não entendiam o porquê de eu ter me tornado um lúpus e como isso era possível. Por isso pedi para que o beta marcasse uma reunião à noite em volta da fogueira, avisando certamente que eu iria contar tudo o que estava acontecendo. Jaebeom tratou de fazer o que lhe foi pedido, convidou todos os alfas, betas e deu a permissão para que os ômegas se juntassem a nós, inicialmente eles não acharam uma boa ideia mas eu prometi proteção, então eles ficaram felizes em participar.

Ninguém ouviu falar sobre o meu pai durante todos os preparativos para o encontro que teríamos, disseram que ele estava caçando devido ao inverno que estava se aproximando, mas a marca da minha mãe queimava vez ou outra como um aviso óbvio de que não era apenas aquilo que ele estava fazendo. Ela tentava passar a impressão de alguém forte e eu sabia que aquela ômega de fato era, mas a verdade é que o meu pai estava se deitando com outra pessoa, e isso fazia seu semblante ficar cada vez mais cansado por não estar conseguindo dormir a noite.

No entanto, ela não permitiu que eu saísse da aldeia, não queria que eu fosse atrás dele temendo que me fizesse algum mal visto que até então não tínhamos conversado, mas era impossível não se preocupar com o inverno que estava cada vez mais próximo. Eu como ômega lúpus talvez não sentisse tanto frio, mas ela com certeza sofreria, tanto por seu alfa não estar junto a si, quanto por sua marca que a deixava mais fraca, aquilo definitivamente precisaria ter um fim logo.

— Boatos e mais boatos ômega, está afim de saber das novidades? — sutil como uma rocha, Jaebeom se aproximou de mim quando estávamos arrumando as mesas para colocar as comidas de todos os nossos convidados, ele adorava me chamar daquela forma como se pudesse me rebaixar por aquilo, mas não era como se eu fosse esperar algum respeito.

— Se você me chamar de ômega mais uma vez, eu vou arrancar a única coisa que você pensa que te faz homem do meio de suas pernas, beta arrogante — rosnei me virando completamente para ele, e seu sorriso foi de canto a outro em seus lábios.

A Marca da Maldição - JK + JMOnde histórias criam vida. Descubra agora