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Voa, minha ave, voa sem parar
Viaja, pra longe, te encontrarei em algum
lugar, permaneço em ti, como sempre foi
mais perfeito e mais fiel, mesmo sozinho
sei que estás perto de mim, quando triste olho para o céu. — Ivo pessoa.

#AMarcaDaMaldição

Agnes Salém

Mil anos atrás.

Tu já ouvistes falar de alguma história de amor que acabou com o final triste, ou és um tolo que acredita no felizes para sempre todas as vezes?

Ora, por obséquio, sei que é atraente imaginar que um casal se apaixonou e viveu um lindo romance até o fim da eternidade. Mas na realidade em que vivemos não é sempre que o mais belo dos amores sobrevive, por isso, hoje irei contar uma história que envolve um ômega estupidamente forte e astuto, e um alfa teimoso que jamais viveu na sombra de seu amado.

Apollo, ou Hajun como prefiram chamar, foi o primeiro ômega lúpus existente de toda uma linhagem de betas e alfas. Um lobo forte e gentil que transbordava bondade e beleza por onde quer que passasse.

Tudo nele era luz, seu sorriso, sua fala, seus atos, não existia nada que não fosse atraente e bom, e com a chegada da adolescência, todas as suas qualidades só se intensificaram ainda mais deixando todos completamente fascinados.

Bastardo de um rei poderoso da época, Hajun chamava mais atenção do que qualquer outro ômega no reino em que vivia. Aos dezoito anos já era o mais cortejado, atraindo alfas e betas importantes de todo o leste e sul. Porém, tudo o que seu irmão beta Wonwoo conseguia enxergar era que todos os plebeus e pessoas importantes de seu mundo, só pareciam dar atenção ao jovem ômega, porque ele era mais fraco e tinha um cheiro doce que lembrava lírios e mel.

Naquela época onde o mais importante era bens e títulos, não podia existir alguém poderoso se casando com alguém considerado um qualquer. Porque apesar de ter um filho bastardo com uma de suas ômegas concubinas, o Rei não queria que seu caçula vivesse à mercê de um alfa imundo e sem escrúpulos. E por essa razão, ele acabou dando um grande baile na intenção de escolher os melhores homens de seu reino, e com ajuda da rainha — madrasta do Apollo — deixou que Hajun encantasse a todos ao seu redor.

O problema é que Hajun nunca gostou muito de seguir ordens, afinal, tinha princípios e opiniões formadas mesmo com tão pouca idade, não precisava que alguém lhes dissesse quem era bom ou quem não era, ele sabia com clareza dizer a quem entregar a sua pureza, e naquele baile não havia ninguém que pudesse ter a graça de tê-lo. Todos eram alfas medíocres e pobres de espírito, tinham enormes riquezas e também, uma ótima conversa para quem tenta comprar alguém consideravelmente frágil. Todavia Apollo não poderia viver submisso a alguém que o jogaria em um quarto durante anos e só entraria lá para satisfazê-lo em seu heat, não é? Ele queria mais, bem mais do que uma alfa e seu nó que não significava nada para ele.

Por isso, em meio a festa ele desapareceu misteriosamente deixando todos confusos, os ômegas escravizados da torre corriam de um lado para o outro seguindo a trilha de seu cheiro como se suas vidas dependessem daquilo — e dependiam, — mas não havia nada em meio aos corredores extensos do castelo, ele havia fugido e só restava esperar o seu retorno. A rainha tomada pelo ódio ordenou que encontrassem o bastardo em meio a floresta, colocou alfas o farejando na vila, no bosque, no povoado, nas matilhas vizinhas, por todo o lugar como se buscasse o mais precioso diamante, mas nada foi encontrado, apenas plebeus curiosos pelo o que havia acontecido, e felizes por poderem ajudar o Rei e ainda ganhar algumas moedas de ouro.

A Marca da Maldição - JK + JMOnde histórias criam vida. Descubra agora