Quarto ano (Parte 1)

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A Toca - 27 de junho de 2004

Na noite seguinte à chegada das crianças da escola, Arthur estava pronto para colocar seus planos em ação. Ron e Ginny obteriam a ajuda de que precisavam. Quer eles quisessem ou não.

Arthur simplesmente não podia deixá-los continuar como antes. Algo estava claramente errado, ele só estava com vergonha de ter deixado continuar por tanto tempo.

Na semana anterior, ele tinha ido e feito arranjos com curadores mentais para cada uma das crianças. Ron estaria vendo o Curandeiro Morrison, enquanto Ginny estaria vendo o Curandeiro Lane. Ambos se especializaram em lidar com crianças que tinham dificuldade em diferenciar entre fantasia e realidade.

Pelo que os dois curandeiros lhe contaram enquanto ele fazia os arranjos e informava sobre os problemas de Rony e Ginny, a dissociação com a realidade era 50 vezes mais comum no mundo mágico do que no mundo trouxa. Por terem magia e viverem em um mundo onde quase tudo era possível, seus filhos eram naturalmente mais abertos ao impossível e alguns nunca aprenderam que mesmo eles tinham limites.

Por ser tão comum, já havia programas aprofundados de magia mental e poções, bem como formas tradicionais de terapia que poderiam ajudar a ensinar as crianças a reconhecer a realidade e identificar o que é fantasia.

Arthur sentiu que esses não eram exatamente os problemas que Ron e Ginny estavam tendo, mas era o melhor que ele podia encontrar. Ambos, Healer Morrison e Healer Lane, disseram que o programa era apenas um ponto de partida. Eles não seriam capazes de diagnosticar adequadamente nenhuma das crianças antes de se encontrarem com eles pelo menos algumas vezes. Somente depois que eles foram devidamente diagnosticados é que um plano de tratamento mais personalizado pôde ser criado.

– O que você quer? – Ginny exigiu do sofá onde estava sentada com Ron. O pai exigiu que descessem antes do jantar porque disse que queria falar com eles.

– Há algumas coisas que precisamos discutir sobre o que vocês dois farão neste verão. – Arthur suspirou.

– O que isso deveria significar? É verão. Podemos fazer o que quisermos. – Ron disse em confusão.

– Sim. Esse é o ponto do verão. – Ginny disse. Sua voz mostrando claramente o quão estúpido ela pensava que seu pai estava sendo.

– Não este ano para vocês dois. – Arthur deu a ambos olhares críticos. – Fui contatado por alguns de seus professores. Ambos irão frequentar a escola de verão.

– O QUE?

– VOCÊ NÃO PODE ME OBRIGAR!

Ambas as crianças gritaram.

– Você não tem outra escolha. Ron, você falhou em aritmancia e história da magia, e mal passou em runas antigas. Se você quiser fazer feitiços, precisará fazer aritmancia e melhorar suas notas em runas antigas. Você também vai precisar fazer história ou ficará um ano atrasado nessa aula.

Ginny, você falhou em herbologia e teoria mágica. Você vai precisar compensá-los na escola de verão, ou então ficará um ano atrasado nessas aulas.

Arthur ficou realmente desapontado por ambas as crianças terem reprovado em duas aulas. Ele sabia que Ron e Ginny eram espertos, em seus próprios caminhos, mas eles eram preguiçosos e nunca aprenderam a trabalhar por algo que queriam. Ele ficou chocado ao saber das notas das crianças quando foi contatado no final do ano.

Aparentemente, os professores estavam conversando com McGonagall sobre isso, mas ela não fez nada, e quando ele foi informado, já era tarde. Arthur estava feliz que Sirius seria o codiretor da Gryffindor no próximo ano. Ele sabia que podia confiar em Sirius para ficar de olho nas coisas e contar a ele sobre qualquer problema.

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