Pucca permaneceu chorando pelo que pareceram horas. Sentia seu coração doendo pela rejeição anterior. Deus, ela havia estragado tudo.
Como eu pude ser tão burra? Era óbvio que ele se sentia assim. Eu sou tão idiota. Todas as vezes que desviou o olhar, todas as vezes que me afastou, todas as vezes que me manteve distante. Não é por vergonha. É por desgosto.
Ela queria permanecer naquele quarto pelo resto do dia. Não, pelo resto da sua vida! Como encararia Garu depois daquilo?
Era claro que ele estava cansado, seus olhos demonstraram aquilo. Eu realmente o irrito tanto? Pensei que ele me amava de volta mas não soubesse demonstrar, então fazia por ele. Dava amor em dobro, pelos dois. Parabéns Pucca, graças a isso ele te odeia agora!
Pucca ficou um tempo em silêncio, pensando no que deveria fazer. O certo seria se desculpar, não é? Dizer que iria parar, mudar por ele. Então a garota se levantou e foi até a casa de Garu novamente. Todo o caminho foi silencioso. Ela sorria levemente para todos que a cumprimentavam, mantendo a educação. Mas sua mente estava distante. A trilha que normalmente demorava minutos, pareceu levar horas, cada passo causando uma nova lembrança de todas as vezes que atacou Garu com beijos e abraços. Só agora a mulher percebia o quanto aquilo deveria irritá-lo e deixá-lo desconfortável.
Ela educadamente bateu na porta e esperou por uma resposta, mas nunca veio. Depois de alguns minutos, foi até a janela do ninja, mas ele rapidamente fechou a cortina. Claro, Garu não queria vê-la agora.
Pucca voltou para o Restaurante Goh Rong e trabalhou um pouco lá, esperando pelo tempo certo para conversar com Garu. No fim da tarde a mulher decidiu conversar com Ching, mas sua amiga não estava em casa, então Pucca só poderia voltar para sua casa e aguardar até o outro dia para conversar com Garu. Mas, quando estava próxima de sua casa, pôde vê-lo saindo do estabelecimento com uma caixa de macarrão em suas mãos.
Ótimo, uma oportunidade perfeita para conversarmos e eu me desculpar!
Ela rapidamente tentou se aproximar para conversarem, resolverem aquela situação, mas assim que Garu a viu o garoto simplesmente saiu correndo, deixando-a para trás. Ele realmente, realmente não queria falar com Pucca.
Derrotada e extremamente magoada, a jovem entrou no restaurante e, após se despedir de seus tios, subiu para o seu quarto, se jogando na cama. Ela não conseguiu evitar o choro. Naquela noite, a pobre garota chorou até cair no sono.
———
Pucca
Lentamente abri meus olhos, olhando ao redor e vendo que já estava claro. Caramba, como meus olhos ardem! Chorar a noite inteira não acaba apenas com o emocional, mas com o físico também.
Enquanto me preparava para o meu dia, a porta do meu quarto foi aberta de repente, e Ching entrou. Quando ela chegou ali? Por que estava no meu quarto tão cedo?
— Finalmente você acordou, eu já estava ficando preocupada! — Ela sorriu para mim e se aproximou.
Finalmente? Que horas são?
Bati algumas vezes no pulso enquanto olhava para minha amiga, querendo saber quantas horas eram. Meu turno começa às 8h, não posso me atrasar.
— São 10 horas — Arregalei meus olhos, 10 horas?? Eu estou muito atrasada! Tentei me levantar com pressa, mas Ching me segurou e não me deixou sair da cama — Não se preocupa com o trabalho. Eu conversei com seus tios e eles te deram o dia de folga. O Dada entrou no seu lugar por hoje, mesmo que a ideia disso assuste um pouco — Não consegui segurar a risada e nós duas rimos juntas. É impressionante como a Ching sempre consegue me animar.
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Gestos também machucam - Garucca
ActionO dia deveria ser comum, tudo parecia normal, mas o coração de Pucca foi cruelmente quebrado, não por palavras, mas por gestos. Ser empurrada ou afastada era normal, ela estava habituada a aquilo, mas não esperava aquela reação tão fria de Garu. Ap...