Capitulo 2 - Brian

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Brian Toretto

Acordo com barulhos muito altos, pareciam coisas caindo. Pego minha arma debaixo do travesseiro e olho de relance pro relógio. São 04:22. Abro a porta do meu quarto e dou de cara com Gisele e Jack, também armados. Descemos sem fazer muito barulho, assim que tivemos vista da sala, estava tudo destruído. Mesa de centro quebrada, sofás virados, quadros caídos no chão e garrafas quebradas. Com certeza teve uma luta aqui. Agora, só basta saber quem lutou. Continuamos descendo, olhamos sala, cozinha, área de serviço, área de churrasco, quintal, garagem e a oficina. Não encontramos nada. Absolutamente nada nem ninguém.

—O que aconteceu aqui?- pergunto com medo da resposta.

—Levaram eles.- disse Jack passando as mãos no cabelo. —Levaram nossos pais. Dom, Mia, Letty e Brian foram pegos.

—O que!?- pergunta Gisele, enquanto entra no cômodo. Percebo que a mesma está nervosa mas tenta manter a calma. —Como assim pegaram eles? Quem fez isso?

—Não tem mais ninguém aqui.- Assegura Jack. —Nem nossos pais nem ninguém que possa ter feito isso.

—Eu não consigo imaginar quem foi.- diz Giselle, de cabeça baixa. —Sei que entraram nos quartos, tentaram pegar nossos pais, mas houve luta. Eles não se entregaram. Lutaram provavelmente o máximo que conseguiram. - percebo que a mesma estava chorando, vou até o lado dela, a abraçando e ela deita a cabeça no meu peito, começando a chorar.

—O estranho é que só levaram eles quatro. Nem chegaram a entrar em nossos quartos. Vamos descobrir o motivo, talvez assim a gente saiba quem foi. Enquanto isso, vou olhar as câmeras de segurança da cidade.- disse Jack e logo em seguida subiu as escadas.

—Vamos pegar eles de volta. Não se preocupem. - digo antes de ele sumir de vista completamente. Sinto Gisele chorar um pouco mais.

—Vem, vamos subir.- digo para Gisele baixo, mas alto o suficiente para ela ouvir. Ela não diz nada, então a pego no colo e subo as escadas. 
Entro no quarto dela e nos deito na cama, ela se ajeita e coloca a cabeça no meu peito.

—Vai ficar tudo bem, Elle. Não se preocupe. Vamos dar um jeito. Juntos, como uma família.- digo a olhando nos olhos.

—Não precisa ficar aqui comigo, Bri. Pode ir pro seu quarto, se quiser.- diz baixinho, já não me olhando mais.

—Elle, -digo virando seu rosto delicadamente pra mim pelo queixo, a fazendo me olhar. —Você sempre cuida de mim. Me deixa cuidar de você um pouco. Eu não preciso descer agora, eles já estão fazendo tudo o que podem por enquanto. Vou ficar aqui com você.- digo a olhando nos olhos e a vejo dar um sorrisinho fraco.

—Obrigada, Bri. Eu te amo.

—Eu também te amo, Elle. Até o fim.- falo, mostrando meu mindinho.

—Até o fim.- diz entrelaçando seu dedo mindinho ao meu.

Ouço sua respiração ficar regular e mais calma, então percebo que a mesma parou de chorar. Fico a olhando e penso em ontem.

~Flashback hoje, às 00:34~
Depois de todos parabenizarem Gisele, voltamos cada um pro seu canto. Pego mais uma garrafa de cerveja e a vejo dançar com Samantha. Ela parece realmente feliz. Penso em como eu amo a ver desse jeito e em tudo que eu faria pra ela continuar feliz.

Não podemos por causa de uma porra de sobrenome- resmungo.

Logo, Letty e tia Mia aparecem na minha zona de visão. Elas trocam olhares.

E por que não?- me olha estranho. Fico confuso com a pergunta, então à encaro, e poderia jurar que tinha um ponto de interrogação na minha testa. —Percebemos desde sempre como vocês se olham, que se amam. E percebemos também que os dois amam e consideram demais a família para se permitirem ser felizes. Sendo que tudo o que importa pra qualquer um de nós, é a felicidade de vocês.

Nós não poderíamos os impedir de serem felizes, principalmente depois que cresceram e vimos que nem se quiséssemos, poderíamos.- diz tia Mia com um sorriso humorado no rosto.
Não tenham vergonha de amar. Amar não é um crime, Brian.- elas se levantam e vão embora dali, me deixando nos meus próprios pensamentos.

Elas haviam ouvido o que eu disse. Sabiam o que eu sentia sobre Gisele. "Todos eles sabem?" "Será que todos vão apoiar?" "Será que meu pai também aceitaria?" "Acho que tio Brian me mataria". Essas foram as perguntas que não saiam da minha mente. Mas a principal era " Será que ela aceitaria?"
~Flashback of~

~Flashback hoje, às 1:58~
Quando ela me colocou no banho, a ver revirar os olhos e em seguida rir ao me ver rir, me fez perceber o quanto eu realmente a amo.
Ela saiu do banheiro, me deixando tomar banho sozinho. Ali, fiquei pensando em tudo que ela fez por mim. Tudo que eu fiz por ela. A nossa promessa: "Até o fim". Lembro de quando fizemos essa promessa. Éramos adolescentes, devíamos ter uns 12 anos. Gisele tinha brigado com um menino da nossa idade. Ele queria beija-la a força, e ela acabou dando um chute nos países baixos dele. Ele veio querer bater nela, mas eu e Jack chegamos bem na hora. Defendemos ela, obviamente. Depois disso, ela ficou se sentindo mal por ter feito a gente se meter em briga por ela.

"—Me desculpem, eu não queria que vocês levassem esporro por minha causa.- diz chorando.

Tudo bem, Elle. Nós te amamos, faríamos de tudo por você.- disse

Brian está certo, mana. Somos nós por nós.- disse Jack, abraçando a mesma.

Até o fim.- eu disse

Até o fim.- disseram em uníssono."

Desperto dos meus pensamentos e volto pro meu quarto, me jogo direto na cama. Ouço ela saindo do mesmo.

—Elle?- a chamo e penso em pedir para a mesma ficar, mas talvez ela tenha algo para fazer, então apenas agradeço. —Obrigado.-disse baixo, mas alto o suficiente para que ela escutasse. —Por cuidar de mim.

Sempre, Bri.- ela diz e então fecha a porta.

~Flashback off~

De repente, me vem uma ideia na cabeça.

Até o fim - Toretto O'connerOnde histórias criam vida. Descubra agora