Capítulo onze - parte 1

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Oi, pessoal!

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Vou deixar os links nos comentários.

Beijos,

Renata. 


Capítulo onze

Ana

— Marcus... — balbuciei, incrédula, olhando para ele, sem conseguir enxergá-lo direito por causa das lágrimas. Mesmo assim percebi que ele sorria.

Tentei secar meu rosto com as mãos, enquanto ele me observava intrigado.

— O que faz sozinha, chorando, aqui no aeroporto? — Abaixou à minha frente.

— Vim visitar meu namorado e o encontrei com outra mulher — respondi, de forma franca e triste, tentando me recompor. — Minha passagem de volta é para amanhã, tentei trocar pra hoje, mas não consegui...

— Nossa, que canalha! — falou com certa revolta, ajeitando seu corpo enquanto sentava ao meu lado.

— É... — respondi, reticente. — Um grande canalha! Vim fazer uma surpresa e quem acabou surpreendida fui eu. Agora estou aqui me sentindo uma boba e humilhada. Eu não deveria ter vindo. — Abracei minhas pernas, escondendo o rosto entre os joelhos.

— Ei, não fique assim. — Marcus passou a mão em minha cabeça. — Quer saber? Acho que deveria ter vindo, sim! Por mais que seja doloroso descobrir que está sendo traída, é melhor do que viver uma vida de ilusão e mentiras, não acha? — Afagou meu cabelo, como se me consolasse.

Sua pergunta foi como um balde de água fria sobre mim, um mal necessário para me trazer de volta à realidade e me fazer perceber que realmente André não me merecia e que, fosse como fosse, era melhor eu ficar sabendo logo.

Então levantei meu rosto e apenas assenti com a cabeça.

— Você tem onde ficar? — perguntou, preocupado, tocando em meu braço.

Apesar da tristeza enorme que sentia, o contato dele com minha pele me arrepiou, o que me deixou confusa com meus próprios sentimentos. Sem conseguir responder, apenas balancei a cabeça dizendo que não.

— Bem, não a conheço direito, mas também não somos completamente desconhecidos um do outro, não é mesmo? — Secou, com a mão, meu rosto molhado. E a única coisa que eu queria do mundo inteiro naquele momento era que sua mão não saísse dali.

— Não, não somos desconhecidos. — Foi só o que consegui responder, sentindo o rosto afoguear, ao me recordar de todas as vezes em que sonhei com ele e das outras em que nos encontramos.

— Além de tudo, você me parece ser boa pessoa e não acho certo deixar uma moça sozinha chorando no aeroporto — continuou o que falava, colocando um belo sorriso no rosto. — Bem, estou chegando de viagem agora, quer ir comigo para meu apartamento? Pode dormir lá essa noite.

O convite soou como minha salvação e sua voz rouca fez meu coração bater acelerado. Eu não sabia o que dizer. Apesar de minha obsessão por ele, e de já termos nos visto antes, Marcus ainda era, de certa forma, um desconhecido sim, mesmo que eu tivesse dito que não. No entanto eu estava muito triste e não queria passar a noite sozinha num quarto de hotel. Concordei com a cabeça, ainda sem saber se tomava uma decisão certa.

Contra todas as probabilidades (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora