capitulo 31

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Ella:

- Esta na hora de comer rosa.- Fabrício diz ao entrar novamente nesse quarto escuro com uma bandeja em mãos.

Há horas que ele vem me chamando de rosa, tentei corrigi-lo várias vezes mas é como se nao me ouvisse.

- Como vou comer se estou amarrada?- pergunto.

Se ele me soltar posso ter uma chance de fugir.
Mas ele apenas sorri para mim e se aproxima com uma cadeira.

- Nao se preocupe, estou aqui para cuidar de voce.- ele diz e começa a dar comida em minha boca.

Não sinto fome, mas apenas faço oque ele manda, não sei o quão violento ele pode ser.

Fico pensando em quanto tempo demorarão para me encontrar.

Sei que ainda estou com o rastreador e ja se passaram horas.

Fico olhando aquele homem idêntico ao marido de Roberta enquanto ele me da comida.
É como se ele tivesse alucinando, a todo momento pensa que sou minha mae.

- Nao olha para mim, nao enquanto tiver os olhos dele.- ele diz para mim.- Quando sair daqui vamos comprar lentes.

E o mai humor que veio de repente vai embora ainda mais rápido.

Ele começa a cantarolar enquanto arruma as coisas na bandeja.

- Por que escolheu ele rosa?- ele pergunta parando abruptamente.

- Eu ja disse que eu não sou a minha mãe.

- cala a boca.- ele diz virando as costas para mim.- CALA A BOCA! CALA A BOCA!- ele começa a gritar como se tivesse surtando.

- Eu quero ir embora.- digo baixo.

- Eu mandei calar a boca.- ele diz e tudo que vem se segue rápido demais.

Ele se aproxima de mim e dá um tapa em meu rosto no mesmo instante em que a porta é aberta ao chutes e varias armas são apontadas para ele.

- maos para o alto.- um dos policiais gritam.

- Fabrício Guimarães, o senhor esta preso pelo sequestro de Rafaela Carter e pelo assassinato de rosa e Richard Carter.- diz um homem que entra logo apos algemarem o desgraçado.

- Oque?- pergunto.

Todos os olhares se voltam para mim.

- Srta. Carter, vamos te levar para casa e conversaremos.

- esta dizendo que esse homem matou meus pais?- pergunto.

O homem não responde e então Fabrício começa a chorar.

- Minha rosa... Seu pai a levou para a morte, nao eu.- ele diz.- eu so queria matar ele, mas ele a matou.

Eu o ouço paralisada.

- Seu desgraçado...- digo e quando vejo meu corpo avança para cima dele.

Sou segurada por policiais, mas estou em estado de desespero e medo.

Era apenas um acidente de carro, ja havia me conformado com isso, mas saber que eu passei por tudo sem os meus pais e que a culpa foi dele, é algo que eu posso extravasar somente com raiva.

- Eu vou te matar e quando eu fizer isso o ultimo rosto que vai ver vai ser da filha da mulher que voce dizia amar te odiando.- grito enquanto sou levada para fora daquele quarto minúsculo e mal iluminado.

- Se acalme senhorita, vamos te levar para casa por que seu filho esta te esperando.

Meu filho.
Pietro.

Srta. CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora