34. em suas mãos pt:1

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any gabrielly_


As coisas mudavam em minha vida com uma velocidade impressionante.   Num momento estava uma calmaria e em seguida vinha a tempestade. 
Às vezes me via jogada pra lá e pra cá sem condições de agir com clareza. Ficar três semanas sem Noah foi angustiante, torturante.
No instante seguinte ele já quis ficar a sós. Viemos para o Caribe passar um tempo. Noah estava certo. Eu precisava relaxar. Às vezes achava que não iria conseguir aguentar tanta coisa.
Sou forte, como ele mesmo já disse várias vezes. Mas nem sempre minha mente aguenta tanta coisa.

Fiquei maravilhada com a dedicação dele em querer me proporcionar dias mais calmos. 
Entretanto aquela idéia de abandonar o mundo ilegal não era bem vista aos meus olhos. Eu não sei explicar. Amo Noah de todas as formas possíveis e explicáveis. Mas aquele jeito durão, implacável e rude me excitava além da razão. 

Eu tinha medo que isso se perdesse caso ele se desligasse mesmo da máfia. Mas eu discutiria isso com ele outra hora. Se ele queria que me ver descansada e livre de preocupações... 
Então eu ficaria quietinha. Entretanto eu sempre me esquecia da sua bipolaridade. Depois de fazer sexo comigo de forma intensa e apaixonada, ele simplesmente dizia que iria sair com uma amiga? 

Que merda de amiga era essa que eu nem tinha consciência? E eu iria ficar aqui enquanto ele ia se divertir com uma ordinária qualquer?

-NOAH JACOB URREA! QUEM É ESSA AMIGA?
Ele apenas riu e fechou a porta.
-NOAAHHH.

Eu berrei já sentindo minha pulsação acelerada. Isso não... Hoje eu iria matar o noah antes que ele me matasse. Revirei minhas coisas e peguei um vestido qualquer. Ele não iria fazer isso comigo. 

Já começava a imaginá-lo na praia com alguma loira do lado. Minha garganta se fechou e lágrimas quentes escorreram pelo meu rosto. Ele nem queria me tocar direito.

Olhei-me no espelho tocando o ventre volumoso. Será que eu estava tão feia assim? Tremendo, eu calcei as sandálias e estavam prontas para sair quando a porta se abriu e Noah apareceu novamente. 

Olhei para o rosto perfeito e um pouco assustado, o peito másculo desprovido de camisa... me subiu uma raiva tão grande que avancei pra ele já esmurrando seu peito e chorando incontrolavelmente.

-Seu maldito, desgraçado... por isso que me trouxe aqui? Para matar as saudades de suas vagabundas? Vai ficar por aí se divertindo enquanto eu fico trancada aqui?

-Calma... perdoe-me, por favor.

-Calma? Meu marido já vai sair com outra e quer que eu tenha calma?

Eu já estava cansada. Somente agora eu percebia o quanto minha mente estava desgastada. Deixei minha cabeça cair em seu peito enquanto continuava a chorar.

-Eu não suporto outra mulher perto de você, Noah. Não faça isso comigo.

-Venha cá... sente-se aqui.

Sentei-me na cama e ele se ajoelhou aos meus pés. Seu olhar era angustiado.

-Perdoe-me, por favor. Foi uma brincadeira estúpida e imatura.

-Brincadeira?

Eu perguntei limpando as lágrimas com as costas das mãos.

-Mas você me ofende também. Quantas vezes preciso repetir que só amo você? Eu nunca irei trair você meu amor.

Ele se levantou e foi até a jarra pegando um copo com água para mim.

-Beba... acalme-se.

Admito que extrapolei no ciúmes. Noah já me provou de todas as formas possíveis o quanto ele me ama. 

 𝐎 𝐏𝐎𝐃𝐄𝐑𝐎𝐒𝐎 𝐔𝐑𝐑𝐄𝐀↯ ησαηчOnde histórias criam vida. Descubra agora