20. Volta pra casa

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Any POV

O vento que agitava as cortinas e penetrava no quarto de hotel não era suficiente para diminuir o calor insuportável. Meu corpo ainda nu repousava de bruços na cama.

Senti a ponta dos dedos de Noah deslizando pela minha coluna e sorri, deliciando-me com seu toque. Suas mãos subiram pelas minhas costas afastando os cabelos do meu pescoço.
Como se não bastasse a temperatura ambiente, havia ainda o calor que emanava do corpo de Noah. Eu sentia o suor escorrendo pelo meu corpo, grudando alguns fios de cabelo em meu rosto. A boca macia e úmida de Noah deslizou pelo meu pescoço e em seguida mordeu.

- Vai ficar curtindo preguiça até quando?

- Até quando meu corpo se recuperar de todas essas estripulias.

Ele riu e mordeu meu ombro.
- Pois eu estou pronto pra outra.

- Tem que me dar um desconto. Estou carregando dois além de mim.

- Aliás... está sentindo alguma coisa?

- Não. Estamos todos ótimos.

- Descanse mais um pouco. À tarde iremos sair um pouco.
Eu estava impressionada com Noah. Além do pique que tinha, ele se mostrou o rei da paciência. Não sei se era por ser nossa lua de mel ou se no fundo essa era mais uma de suas facetas que eu desconhecia.
Ficamos quatro dias na Cidade do México. Saímos às compras e andamos por horas. À noite fomos a outro local dançar tango. Dessa vez nós conseguimos ir até o fim.

Mas assim que chegamos ao hotel, Noah acabou comigo. Penetrou meu corpo tantas e tantas vezes que por fim, não conseguia nem ao menos abrir os olhos.

Nos dias que se seguiram continuamos nosso tour pela cidade. E fiquei apaixonada pelo lugar. Noah me prometeu que voltaríamos mais vezes. E depois me surpreendeu ao dizer que esticaríamos nossa lua de mel.
Hoje estávamos no Brasil. Mais especificamente no Rio de Janeiro. E meu Deus... fazia um calor dos infernos aqui. Noah debochava de mim, mas a verdade é que esse calor aliado à energia dele estava acabando comigo.

Noah me puxou, abraçando meu corpo.
- Quer que eu ligue o ar?

- Não. Prefiro a brisa mesmo.

- Quer beber alguma coisa?

- Não.
Mesmo assim ele se levantou e pegou uma jarra de suco e um copo.
- Beba ou vai ficar desidratada.

- Como aguenta Noah? Está quente demais.
O bandido ainda riu.

- Sou mais forte que você.

- Já te falei o que está me deixando fraca.
Noah acariciou meu ventre.
- Não coloque a culpa da sua moleza em minha princesinha.

Aquilo realmente me pegou de surpresa. Olhei para Noah buscando algum vestígio de diversão em seu rosto. Ele olhava extasiado para meu ventre.
- Princesinha? Você disse que não se importava com o sexo.

- E não mesmo. Mas tenho quase certeza que tem uma garotinha ai dentro. Uma miniatura da mãe.

- Pois eu acho que tem duas miniaturas do pai.
- Dois garotos?

Quem diria... o grande chefão da máfia, aquele que muito provavelmente queria um herdeiro para sucedê-lo era louco para ter uma garotinha. Não resisti e acariciei seu rosto.

- Você é lindo.

- Particularmente, prefiro você.
Às vezes eu me perguntava até quando isso ia durar. Entretanto, às vezes achava que eu era uma tremenda safada masoquista. Sentia falta daquele jeito durão dele.

 𝐎 𝐏𝐎𝐃𝐄𝐑𝐎𝐒𝐎 𝐔𝐑𝐑𝐄𝐀↯ ησαηчOnde histórias criam vida. Descubra agora