5 - Despertar

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A cada batimento do coração, um latejar implacável se espalhava pela cabeça de Kiera

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A cada batimento do coração, um latejar implacável se espalhava pela cabeça de Kiera. Em alguma parte borrada e confusa da mente, ​​ela sentia a luz do sol quente.

Onde estou?

Cada pensamento era doloroso, lento, seguido de um balanço suave e constante. Tudo o que ela podia sentir era o mundo girando ao seu redor, fora do controle. Sua cabeça rugia violentamente. E estava tão abafado, tão quente. Por que ninguém abria a janela?

Tentou se mexer. Não conseguiu.

Uma mão segurou seu rosto, seguida pela pressão fria de um pano em sua testa. Se tivesse forças, teria suspirado de alívio.

— Você deveria ter me chamado antes — a voz que parecia pertencer a uma mulher falou, atravessada por um tom de repreensão.

— Achei que o tônico bastaria — agora era a voz de um homem.

— Não. Ela foi envenenada. Olhe o estado do ombro, onde a flecha a acertou. O veneno está causando a febre. Ela tem sorte de que não usaram algo mais forte, ou já poderia estar morta.

O que está acontecendo? Quem são vocês?

Kiera tentava falar, tentava abrir os olhos; mas tudo o que saía de sua boca eram gemidos baixos e desconexos.

— Você consegue reverter o processo?

— Se confiasse nas minhas habilidades, não faria essa pergunta.

As duas vozes se misturavam. Ela não sabia mais distinguir qual pertencia ao homem e qual pertencia à mulher.

— E eram mesmo soldados com brasões de salamandra na floresta?

— Um grupo considerável.

— Nas terras de Áquila?

— Também me fiz a mesma pergunta.

— E estavam atrás dela?

Kiera queria gritar que sim. Queria contar que eram homens com armas e brasões de salamandra que a caçaram pela floresta. Seu sangue ardia, latejava. Queria perguntar o motivo por ter sido perseguida. Queria descobrir o que havia acontecido com a carruagem e com o covarde príncipe Leopoldeison.

Duas mãos pousaram em seu peito sem que ela esperasse e, como ondas calmantes, pouco a pouco, se espalharam por sua pele, resfriando a ardência, relaxando seus músculos.

O que é isso?

Kiera tentou perguntar, mas a boca estava seca, assim como a garganta. Ela mal tinha se dado conta de sua respiração irregular quando sentiu sua consciência se desvanecendo.

Um aroma floral a envolveu.

Alguém acariciou a pele em brasas do seu braço.

Ela conseguiu abrir um pouco as pálpebras

A Rebelião do Oceano | DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora