Capítulo 11

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- Moça, o que vai querer? - O barman (que parecia mais uma mulher)
me perguntou.
- Uma Coca-cola bem gelada.
O silêncio reinou ali. Sem o Fernando Colunga falar, ai que bom.
- Você não vai deixar eu te beijar mesmo. - Caramba, ele vai insistir
nisto?
- Claro que não!
- Por quê?
- Porque não, e vai beijar a sua... Namoradinha. - Imitei a voz dela.
- Lucero, para com isso! - ele aumentou o tom de voz.
Não quis responder ele e também não iria aumentar o tom de voz.
- Está aqui sua Coca, moça... - o barman colocou a Coca no balcão. -
Está gelada? - Concordei com a cabeça.
- Obrigada. - Desci do banco. - Ah, Fernando Colunga, vê se me
esquece. - Fui andando pra pista, fazendo um grupo de meninos me
olhar.
- Lucero, você vai ficar aqui. - Fernando Colunga segurou meu braço.
Fiquei olhando pra ele, ele me puxou e ficamos perto um do outro.
Estava tocando Energetic, foi a música em que nos beijamos pela
primeira vez.
- Solte-me. - Consegui me soltar e fui com as meninas.
OPA... É melhor não ir, elas estão com os namorados. Ok, muito legal,
vou me esconder onde? Ideia brilhante... Não, mentira, não tive
nenhuma ideia brilhante. Entrei no banhei e arrumei meu cabelo.
Havia um cheiro horrível lá dentro, porque haviam umas mulheres
fumando. Ai, que nojo... Resolvi sair de lá, quando eu estava passando
pela pista de dança, vi o Fernando Colunga beijando uma garota que
tava na cara, que o cabelo dela era 100% chapinha pura mesmo; um
garçom esatava passando e sem querer derrubou um copo no cabelo
dela (N/A: o garçom era maior que a coisa...), que, na hora, armou.
Não agüentei. Não contive o riso e comecei a rir ali mesmo. Foi
quando eu vi, era a Calió, a ex dele, e quando ela viu que o cabelo dela
tava igual a um ninho. Saiu correndo. Putz, ele me viu e agora ele está
vindo na minha direção, eu corri pra perto de um cara, que parecia ser
forte.
- Moço, me ajuda? - Eu praticamente me joguei em cima dele.
O que foi, lindinha? - Ele perguntou.
- Aquele garoto quer me pegar. - Disse me escondendo atrás dele.
- Pegar você? - Ele fez cara e interrogação.
- É que eu sou a "ex" namorada dele, mas a gente brigou e ele quer
tirar satisfações comigo.
- Ah, tá. - Ele me abraçou, e Fernando Colunga ficou visivelmente com
"medinho" e foi procurar a putinha.
- Pronto moço, obrigada! - Saí de trás dele.
- De nada. - Ele sorriu. - Qual o seu nome?
- Laís e o seu?
- Angelus, quantos anos você tem? - Ele olhou meu tamanho (N/A:
calma gente, a minha altura) e depois meu rosto.
- Tenho 17 e você?
- 30. - Nossa, que cara velho, tá, parei agora.
- Ah, tá.
- O que você está fazendo aqui?
- Eu vim com as minha amigas, maas elas me abandonaram, para
ficar com os namorados. - Fiz cara triste.
- Que chato... E você ficou sozinha?
- É o que parece. - Me olhei.
- Mas... Você vem para um pub com esta roupa? - Meu Deus, que cara
chato. Além de velho, é chato. Agora eu parei, definitivamente.
- É, tem algum problema? - Coloquei as mãos na cintura.
- Você sabia que tem pedófilos por ai, não? - Ele me imitou.
- Não me diga que você é um... - Me afastei dele.
- É claro que não, sou contra isto.
- AH, que bom.- Me aproximei de novo.
- Lah, Lah, !!! - Gaby se aproximava.
- Eu! - Me virei e levantei as mãos.
- Já tá pegando um, né! - deza veio ao lado dela.
- Não, deza, é que o Fernando Colunga estava me seguindo ai ele...
Apontei pro Angelus, e acho que ele deu tchauzinho pra elas. - ... Me
ajudou.
- Ah, sei... - Ela me olhou. - Vamos embora, estou com sono.
- Ok. Fiz joinha. - Tchau Angelus, até outro dia aí... Dei um
tchauzinho com a mão (não, com o pé). - E mais uma vez... Obrigada.
- De nada.
Ele se virou e foi em direção ao banheiro. Nós saímos e ficamos
esperando um táxi, entramos no carro...
Mas o motorista corria muito rápido, e tive a segurar nas meninas.
Ô moço, olha aqui, pode ir mais devagar, porque: 1°: nós não somos
vampiros, ou qualquer coisa imortal, 2º: não estou afim de virar pizza
de C4, e 3º... Não tem terceiro! - Eu disse colocando a cabeça entre os
bancos.
- É isso ai, moço... - deza fez o mesmo.
- É, pode ir devagar ai moço. - Gaby disse e colocou a cabeça dela em
cima da minha (*confusão*).
- Melhor, senhoras? - O taxista disse e reduziu um pouco.
- Senhora o pônei. - Eu disse apontando pra cara feia dele.
- Tá, desculpa. - Ele disse e ficou quieto o caminho todo.
Logo chegamos em casa e fui direto pro meu quarto, tomei um banho
e fui dormir. Sonhei com Fernando Colunga, comigo, não com
aquela... Prefiro não comentar.

Me Apaixonei Pelo Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora