DOZE

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Sua mão cobriu meu ombro

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Sua mão cobriu meu ombro. Ela derrubou a alça da meu vestido. Seu hálito soprou por meu pescoço.

— Você me acha bonita?

Antes de tudo, de me degradar dia após dia nesse confinamento, eu era adorada. Mesmo por aqueles que não gostavam de mim. Esses, mais do que ninguém, eram os meus admiradores mais fiéis. Meu nome nunca morria em suas bocas. Eu era o assunto favorito do lugar.

Lembrava-me vagamente dessa época. Era bonita, sempre fui. Não era tão vaidosa como agora que não tenho ao meu alcance nada que pudesse me orgulhar de me olhar no espelho. Mas como dizem, quando se perde algo, você finalmente dá valor ao que tinha.

— Inteiramente – ele se aproximou, sussurrando no meu ouvido – De todas as formas.

Seu corpo pressionou o meu. Suprimi um suspiro. Mantive-me olhando para o jardim, observando as flores silvestres.

Eu queria ser adorada?

— Você é mais do que bonita, Lina – suas mãos tocaram meu quadril – Sua perfeição é maior do que qualquer palavra pode descrever. Você é como uma estrela, Lina. Como posso me afastar de você?

Segurei suas mãos. Ele ficou tenso, talvez com medo do que eu pudesse fazer. Mas o calor irradiava meu corpo, subindo e desceu até se concentrar no meio das minhas pernas... era ele que causava isso? Ele poderia me dar algo que eu queria? Por que quando eu sentia essas coisas, os pensamentos obscuros iam embora. Minha atenção se voltava para uma coisa – seu toque, as vezes que ele me tocou, cuidou de mim. Seus abraços, sua gentileza... eu poderia me deixar levar por isso e fazê-lo o meu remédio?

Segurei suas mãos com força. As guiei para diferentes direções do meu corpo. Sua cabeça descansou no meu ombro, depois no meu pescoço. Senti seus lábios roçarem minha pele. Formigava. Eu queria mais?

O tecido se embolou abaixo dos meus seios, mas não me importei. Uma mão descia para além da minha barriga e por mais que minha cicatriz doesse toda vez que fosse tocada, ela permaneceu inalterada.

Quem estava no controle? Por mais boba que fosse sua sugestão, estamos fazendo algo agora.

Ele me apertou. Eu gemi imediatamente. Era tão prazeroso... era a primeira coisa prazerosa que fazia em anos. Parecia ser como a dor; não, minha opinião mudou assim que ele apertou outra vez. Era o oposto da dor, por que a fazia ir embora. Assim como um remédio.

Eu forcei sua mão a fazer o que havia feito antes. Meus dedos do pé se enrolaram no chão frio do quarto. Mas não de dor, não, não, não.

Tive que fechar meus olhos. A natureza petrificada e sem vida não era atrativas o suficiente para prenderem minha atenção. Mordi meus lábios quando ele beliscou o bico do meu seio; mandei que fizesse novamente e gemi na segunda vez.

A questão dele ser médico não importava para mim. Mesmo que quebrasse as regras, ele era um homem, um homem muito bonito. Talvez eu estivesse estupidamente me apegando em algo tão fugaz quanto a beleza – eu era a prova viva que ela era tão passageira quanto a chuva – ou talvez fosse a maneira que ele me tratava. Parecia tão verdadeiro...

Ele era um médico afinal. Seu papel é fazer os seus pacientes felizes.

— Pode abrir as pernas para mim?

Eu poderia? Elas já viraram gelatina.

Ele passou o braço sobre mim, indo até o outro seio. Ele me tocou com força, com empenho. Eu gemia sem me controlar. Por que deveria? Isso o incitava.

Sua mão grande cobriu minha intimidade. Ele subiu o decido por minha pele com cuidado. Sua mão entrou por debaixo do meu vestido. Ele circulou, ao mesmo tempo, meu mamilo e minha coxa. Copiava o mesmo movimento. Depois subiu mais a mão e encontrou minha calcinha. Neste momento, seus dentes me morderam forte. Apertei suas mãos. Ele parou por pouco tempo para deixar um beijinho no meu pescoço, que nem havia feito outra vez em minha teste, mas me mordeu de novo.

Nossas respirações eram pesadas e sincronizadas. Tirei a minha de seu caminho, tocando o vidro da janela. Cuidadosamente, ele começou a me tocar lá. Fechei as pernas e choraminguei. Era prazeroso, de uma forma indescritível. Eu queria que ele parasse ao mesmo tempo que queria muito mais. O limite... deveria ser quebrado? Ou eu já tinha ultrapassado toda a razão que tinha?

Ele me acariciou suavemente enquanto sua mão no meu seio me espremia. Como ele poderia ter uma coordenação motora tão boa?

— Você quer mais, Lina?

Grunhi em resposta. Era tudo o que podia fazer.

— Quer meus dedos em você?

Minha cabeça foi para trás quando ele afastou minha calcinha. Sua mão se afastou do meu seio e senti frio lá. Ironicamente, ela foi até meu pescoço e o apertou.

— Queria que tivesse um espelho aqui – ele sussurrou – Seria mais divertido.

A rouquidão da sua voz me assustou. Kyle estava tão quieto enquanto eu era toda barulhenta... uma injustiça, eu pensava.

— Você ainda não respondeu. Quer meus dedos em você?

Era formidável a súbita diferente da forma que ele me tratava. Como alguém que me tocava antes de forma tão respeitosa e cortês poderia ser tão ousado assim?

Mas era justamente isso que me convencia em ir adiante. Eu era carente, parecia descobrir, de contato. Não fazia drama para ganha-lo normalmente. Não, não passava tempo acordada o suficiente para fazer qualquer coisa. E mesmo que passasse, quem me daria atenção? Quem estaria tão disposto a me tocar de forma tão desbravadora quanto Kyle?

Ele me queria, a ideia disso parecia se consolidar em minha cabeça.

— Sim – respondi.

Minha própria voz não parecia a mesma.

E o que ele fez... a forma que me acariciou. Apoiei a cabeça no seu ombro. Ele me beijou uma última vez antes de fazer o que prometeu. Foi um dedo só na primeira vez. Não sabia qual e nem por quanto tempo. As batidas do meu coração seguiam os movimento que ele faziam. Indo e vindo. Quando apertou meu pescoço, eu gemi. Rolei a cabeça e acabei ficando cara a cara com ele. Mordi meu lábio ao sentir o segundo dedo.

Nossos olhos presos um ao outro. Não apenas nos encarávamos. Era muito mais. Eu conseguia ver dentro dos seus olhos o desejo, a imensidão do prazer que ele sentia. Parecia estar aproveitando tanto quanto eu. Eu esperava que ele visse o mesmo em mim. Necessitava, por alguma razão completamente irracional que ele visse muito mais em mim.

Quando parecia que eu não aguentaria mais nada, quando seus dedos ficaram rápidos demais e uma grande pressão cresceu na base das minhas costas, indo, indo, indo para todo o lugar e eu fechei meus olhos com força, mesmo que ele pedisse que eu os mantivesse abertos, eu pude ver, depois de muito tempo, ainda que o sol brilhasse no céu azul daquele dia e a lua levasse ainda horas e horas para surgir novamente eu vi, sim, com toda a intensidade do meu ser, a noite estrelada. 

 

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𝐍𝐨𝐢𝐭𝐞 𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐝𝐚 - 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐔𝐦Onde histórias criam vida. Descubra agora