Haviam dias que eu não conseguia escrever se quer, uma música. Não sabia ao certo o quê pôr na letra, não tinha nem uma inspiração presente no meu presente.
Bárbara não se tocava, ela estava grávida de duas semanas e não se dava o valor de ir comprar um teste. Combinamos eu e Carolina irmos comprar o mais simples da farmácia, se desce positivo iriamos levá-la até o hospital e fazer o mais aconcelhável.— Escuta, o que a Babi tem? — Arthur vem puxando assunto.
— Eu acho que ela tá grávida, faz uns dias que ela vomita depois de comer e anda querendo comer mais. — bati na minha própria coxa. — Tenho que ir!
Levantei.
— Por quê você só está fugindo, de mim? — Arthur perguntou segurando meu braço. — Por quê está fugindo assim? Mesmo com tudo, ainda podemos ser amigos, não podemos?
— Ham, claro que podemos. — puxei bruscamente minha mão da sua. — Mas não como antes. Sério, eu não sei como tu consegue fazer isso, Arthur. Como eu queria poder me sentir como tu se sente, fingir que nada nunca aconteceu e que nos conhecemos semana passada. — puis a mão na boca e suspirei de olhos fechados. — Você mudou, eu posso até ver o mesmo menino que já teve e tem meu coração de antes, mas pra mim você mudou... E muito!
— Do que você tá falando, S/n?! — a menina abusada e nojenta falou.
— Oh, eu quis dizer que o meu velho amigo mudou. Ele cresceu e a face dele mudou! — bati de leve no ombro de Arthur. — Preciso ir, Babi me espera. Até mais.
Fui em direção a porta, abri-la.
— Tome cuidado, São Paulo ficou mais perigoso nos últimos anos, S/a. — Arthur falou, não dei bola e continuei andando até o carro.
Resumindo Bárbara estava grávida de uma semana.
Aish, mais coisas pra perturbar minha mente... Preciso de uma música de imediato e não tenho nada, nem inspirações.
Estava sentada na cadeira da mesa da cozinha gravando stories avisando que talvez eu fique fora ou faça uma nova música romântica. O problema era que eu não tinha inspirações, talvez eu pudesse fazer um cover de alguma música que fale pelo que já passei.
Mas demoraria anos pra achar uma certa, das que eu conheço são poucas e talvez meus fãs nem gostem do mesmo estilo musical que eu escuto...
— S/n! — escuto a voz chorosa e manhosa de Babi. — Eu preciso do ombro amigo que você me prometeu.
Sentamos no sofá que havia ali na cozinha, Babi deitou a cabeça em meu ombro desabando em lágrimas.
— O que eu vou fazer agora? E se ele não me aceitar mais?
— Problema é teu, poderia ao menos ter se previnido, Bárbara. Se sabia que poderia engravidar por que fez sem preservativo? Agora não adianta mais chorar. — falou S/n repreendendo a amiga.
— O que está acontecendo? — Arthur Fernandes entrou.
— Aish, nada! Só a ignorante da S/n que está sendo malvada comigo. Só porquê estou grávida ela acha que pode falar o que quiser. — resmungou Bárbara.
— Eu? — perguntou S/n incrédula. — Foi eu que deixei de me previnir por um acaso? Osh, a culpa é de vocês dois juntos. — olhou para Arthur. — Não concorda?!
— Sim. — respondeu Arthur. — Você deveria ter...
— Aish, calem a boca casalzinho que fica planejando coisas pra me rebaixar! — saiu e ainda bateu a porta.
Fiquei olhando a porta tentando raciocinar o que ela queria dizer com isso. Eu lá tinha culpa se ela não sabe fazer as coisas certas?
Sentei em uma cadeira e tentei ponderar excluindo a existência de Arthur Fernandes.
— S/n! — puxou meu braço me deixando de pé. — Para de fingir, fique comigo porra. Se nos amamos por que não podemos?
— Aish, me deixe em paz, Arthur Fernandes. Não te devo satisfações da minha vida. — bati em seu braço tirando-o de meu ombro e saindo da cozinha.
— Mas somos apaixonados um pelo outro, S/n. Vai me abandonar assim? Vai me deixar de novo?! Você sabe nunca me arrependi de ter dito que te amava, porquê ainda te amo. Você deveria de prestar atenção no que eu falo! — puxou meu braço me virando novamente pra ele.
Me aproximei mordendo o lábio inferior.
— Ha, que irônico. E você deveria de parar com insistência, me ama tanto mas está com outra até agora. Você não acha que se me amasse, estaria namorando com uma interesseira agora? — bati em seu peito com a unha grande. — Poupe-me, Arthur Fernandes, se não for fazer muito... Me beije!
— O-o que? C-como assim?
— Viu, se me amasse não hesitaira em me...
Foi interrompida com os lábios gelados de Arthur precionando os dela, deixando-a surpresa com o ato repentino. Mas sem pensar três vezes agarrou a nuca do rapaz tentando ter mais contato entre as bocas. Talvez fosse um erro. Mas amar quem se ama não é errado, né?
— Eu não acredito que você teve coragem! — S/n falou de olhos fechados por estar mais surpreendida.
— Coragem? Foi um ato de vida ou morte! — Arthur bateu o pé.
— Vida ou morte? — perguntou a garota incrédula.
— É-é, porquê se eu não te beijasse não iria ter como eu demostrar que te amo, ou seja, seria a morte. — a menina abriu a boca e olhou para a parede. — Entendeu? Acho que ficou complicado de mais... Hm... — tentou pensar em algo melhor. E a única opção foi beijar novamente a garota que boiava na parede.
Atacou novamente os lábios entre abertos da garota distraida, agarrou agora, a cintura dela com possessividade. Mordendo levemente o lábio da garota que agora rodeava os braços no pescoço de Arthur.
— Aí, aí... Que linda cena no pé da escada, não acham?
Se separaram rapidamente ao escutar a voz grave e desinteressada de Victor Augusto. Estava de braços cruzados observando o "casal".
Escoliram em seco e se afastaram de olhos arregalados.
— Ahn... O que escutou? — Arthur refez sua postura.
— Nada! Nadica de nada. — Victor deu as costas sorrindo indo em direção a cozinha.
Os dois olharam o homem se afastar para se olharem envergonhados.
— Eu não acredito nele. — falou S/n com as mãos na cabeça. — Por culpa tua!
Subiu alguns degraus da escada antes de Arthur se pronunciar.
— Minha? Você que pediu!
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Resumindo Meu Medo | LOUD Thurzin • Finalizada
FanfictionPode-se dizer que um acidente pode mudar tudo, mas mudou a vida toda, inteira. Tirou a família, deixou as lembranças, e talvez, nada pudesse mudar, a não ser ele.