Resumindo Meu Medo | LOUD Thurzin • Finalizada

Capítulo 33.

     — Não consigo imaginar o quanto você se tornou tão falso assim, Arthur. Ficou tão tolo e idiota. — a menina falou olhando as próprias mãos.

     — Do que está falando?

     — Eu ouvi que as fotografias não mudam, apenas as pessoas dentro dela. — Arthur olhou confuso para a garota. — Você continua olhando para mim como se esse problema fosse novo. Mas já estivemos aqui antes, o que você está tentando fazer?

     — Não fale comigo como se eu não soubesse o que você está sentindo. — Arthur tirou a cabeça do ombro da menina.

     — Eu estive lá com você de volta no início, mas você não me mandou nem ir a merda. — bateu as costas da mão na palma da outra. Olhando para onde Arthur olhava. — Pare de olhar para longe quando eu falo, me deixe terminar!

     — O que há de errado com você, hein?

     — Eu me pergunto isso todos os dias, mas quem deveria se perguntar era você. O que há de errado com você, Arthur? Por que virou tão tolo?! — olhou incrédula para o menino a seu lado. — E o que nós vamos viver nesta vida cheia de dor até os oitenta e um anos? Nos levantaremos e diremos que nos arrependemos de nossas vidas?

     — Não finja como se não notasse, S/n. Eu já lhe falei que te amo. O engraçado é que você já sabe disso. Estou começando a pensar que você gosta de como eu me sinto.

     — Você me deixa perdida no momento. Me deixa atordoada em não poder te abraçar como antes, não poder ver o seu lado que é meu lado. Quando vamos parar de fingir e ficarmos juntos pra sempre? — perguntou S/n. — Se me amasse teria me mandado alguma coisa, pelo menos teria vindo de você um "estou bem".

Levantou indo para o quarto, queria esfriar a cabeça concordando com o que pensava.

Se eu voltasse ali, ele ficaria comigo?

Arthur correu e segurou o pulso da garota que tanto amava. Olhou fundo nos olhos mais ofuscos que nuvens negras.

Pra ele era tão bom poder sentir novamente a pele macia na sua, poder suspirar apaixonado enquanto vê a menina entretida. Mas ele de certa forma estragou e da outra foi ela. Ele queria poder esperará-la até que voltasse para seus braços, mas se não tentasse seguir não iria resultar em nada. Nadica de nada.

     — Eu esperei 364 dias para a sua volta, mas você não voltou. — suspirou olhando para baixo. — Fiquei tão mal por sua ausência que pensei em me atirar no trilho enquanto o trem passava, mas aí lembrei que o amor da minha vida voltaria depois de uns meses e anos. — sorriu. — Eu posso até ter estragado tudo entre a gente, S/n. Mas se você ao menos me desce uma segunda chance, uma segunda chance pra mim poder resolver tudo entre a gente e te fazer feliz. Eu nunca mais deixaria você cair dos meus braços, nunca mais!

     — Não minta pra mim! — puxou bruscamente seu braço. — Está inventado novamente uma boa mentira pra me deixar hipnotizada com minha ilusão?

     — Óbvio que não, para de mentir pra si mesma, S/n. Eu sei o que sente por mim, eu sei que você me ama também, sei que é recíproco e que você quer isso agora. Quer ficar comigo agora! — segurou os ombros da menina a deixando de frente para o mesmo. — Fala que me ama? Se disser que me ama eu fico com você, se disser que não, eu te deixo e nunca mais insisto.

Arthur olhou fundamente nos olhos ofuscados da menina, ela parecia tão abatida com tudo isso.

O silêncio paerava pelo clima deixando Arthur cada vez mais tenso.

E se ela disser não? E se ela não quiser mais eu?

     — Sim. — cochichou tão baixo que era quase impossível de escutar. — Sim... Eu te... Amo!

A menina suspirou terrotada vendo o garoto passar a mão pelo seu pescoço a envolvendo em um abraço relaxante e desejoso. A saudade de se abraçarem apaixonadamente era tanta que ficaram ali juntos, cerca de uns 15 minutos.

     — Aish, você deveria de ter me beijado. Não me abraçar, isso não foi romântico! — a garota resmungou cruzando os braços.

Arthur sorriu largamente sentindo a euforia subir por suas veias, aproximou seus lábios dos dela rapidamente juntando os dois no beijo especial. Depositando ali o amor que sentiam um pelo outro.

Aquilo era a prova viva de que o amor existia.

Nossa reta final está chegando, uma nova fic está sendo produzia.