Você acredita em amor a primeira vista? Pois bem, eu sempre acreditei fielmente em tudo isso.
Em uma festa de quinze anos os dois se encontraram mas nem ao menos seus nomes sabiam, ela pensava se deveria deixar aquela história para lá mas o destino...
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❥ Ah, claro, obrigado por me sequestrar e depois fazer o mínimo que um ser humano com alma faria por uma pessoa nesse estado
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Nos dias de hoje...
Pov Anne
Pelas minhas contas, já faziam três dias que eu estou aqui, só que o único problema é que eu não faço ideia da onde exatamente é aqui, parece algum tipo de sótão mas já descartei essa ideia, não adianta de nada eu saber disso, aliás, estamos no meio do mato pelo o que eu espiei pelas frechas da janela cobertas de tábuas de madeira. A única coisa que tem nesse tipo de quarto é um colchonete onde eu ousei dormir e uma garrafa de água em cima de uma cômoda. Água e pão era tudo o que eu comia e bebia em todos esses dias, me sinto extremamente fraca mas ainda assim tento me levantar para pegar a garrafa mas no meio do caminho precisei me apoiar ali na cômoda para que minha pressão talvez podesse voltar ao normal mas não foi o que aconteceu, peguei a garrafa de água e bebi o líquido dentro, não me importava se havia veneno ou algo do tipo
— Deixa eu te ajudar -o garoto loiro disse enquanto abria a porta rapidamente, era um dos meus sequestradores.
Ele me levou até o colchonete e depois me deu uma nova garrafa de água que estava em sua mão, me contentei em apenas pegar de sua mão e olhar para um canto que ele não esteja
— Qual é, nem um agradecimento?? -ele diz indignado.
— Ah, claro, obrigado por me sequestrar e depois fazer o mínimo que um ser humano com alma faria por uma pessoa nesse estado -alfinetei.
— Pelo visto nem estando em risco de morte você para de desafiar as pessoas né garota?? -um moreno de olhos azuis entra pela porta e eu lanço minha cara de deboche para ele.
Devo admitir que entre os dois, eu prefiro mil vezes o loiro, ele pelo menos é gentil. Os dois parecem ser pelo menos uns 5 anos mais velhos do que eu
— Para a sua sorte eu não tenho ordens para te matar ainda de não pode ter certeza, eu já teria feito -ele fala apertando minhas duas bochechas com uma mão, fazendo meu rosto doer.
— Ei cara, vai machucar ela -o loiro chama atenção para o que o moreno estava fazendo então ele me solta. Acaricio imediatamente meu rosto.
— Temos que deixar essa merdinha mimada viva até o chefe chegar, eu ainda não sei como ele não confia em nós
— Eu estou sem comer alguma coisa decente a dias, como vocês querem me manter viva até o chefe dos dois chegar se ao menos me alimentam? -cruzo os braços olhando para os dois jumentos.
O moreno parecia querer arrancar os meus cabelos a qualquer minuto então apenas bufou e se retirou da sala, a pulga loira também foi atrás e eu fiquei sozinha novamente, na quase escuridão daquele "quarto", resolvi que dormiria, mesmo sem sono.
