Doo - Para : Anormal

Capítulo 1 - O Início.

   Baía Cristal é uma aldeia costeira que sempre foi evitada por turistas da região por conta da grande fama de eventos paranormais e energia caótica. A infraestrutura da aldeia não é das piores, considerando que é bem pequena. As histórias bizarras e assustadoras sempre são encobertas pela imprensa, principalmente nos tempos atuais onde notícias correm a solta pela internet. Porém, por mais que esses acontecimentos sempre foram recorrentes, todos agem como se nada estivesse acontecendo. Os moradores de Baía Cristal sempre fingiram não dar tanta importância para os eventos paranormais, pois acham que ignorando os eventos, nada aconteceria. Exceto para Fred Jones, filho do prefeito. Enquanto seu pai sempre tentava fingir que nada acontecia mentindo para a população, o rapaz sempre o contestava o chamando de mentiroso, cobrando a verdade. Talvez seja por isso que os dois sempre discutem.

Os portões da escola se abriram, deixando livre para os alunos entrarem para o campus.

-Ei, não pode fumar aqui. –O inspetor chama a atenção de um rapaz alto e magro, de cabelo castanho e uma barbicha bizarra, ao seu lado tinha um cachorro alto e marrom, provavelmente da raça Pastor Alemão.-

-Tanto faz... –O rapaz termina de fumar e joga a bituca no chão. O cachorro olha fixamente para o céu e começa a latir.- Que foi, Doo? Eu que tô chapado aqui, haha.

O cão continua a latir.

E continua.

E não para.

-Tá bom, isso tá me assustando. –Ele puxa o cachorro pela coleira e caminha em direção oposta do colégio.- Não tem problema eu chegar no segundo tempo no primeiro dia de aula, né?

Enquanto o rapaz caminha para o lado contrário da escola, do outro lado da rua, era possível ver uma discussão do prefeito com um jovem loiro na frente de uma cafeteria.

-Francamente Fred, você já está no terceiro ano do ensino médio! Você não muda desde os seus seis anos!

-Eu não tenho culpa se você é um mentiroso ganancioso que prefere mentir pra população para não perder seus lucros com propagandas!

-E não me diga nem mais uma palavra, você está de detenção até o fim desse ano, E TEJE DITO!

-Mas... –Fred mal consegue terminar sua frase e Robert vira as costas.- Cacete!

-Tá na merda, irmão.

O loiro se vira para ver quem disse aquilo, e vê o rapaz com o cão.

-Ah, só podia ser. O nóia falando que EU tô na merda? Vai com a sua laia, Shaggy.

-Relaxa ai, só tô te zuando. Vou cabular a primeira aula, bora?

-Já tô de detenção nessa merda, o que é um peido pra quem já tá cagado?

-Um borrão a mais para limpar. –O cachorro late novamente pro céu, que estava fechado e nublado como se uma tempestade viesse a cair a qualquer momento.- Cacete ein Doo, nunca viu um tempo nublado antes?

-Vai ver cachorros também ficam chapados com erva.

Shaggy volta a caminhar, deixando Fred pra trás.

-E então, para onde vamos?

-Uma gruta perto da praia, é bem daora. Sempre vou lá com o Doo pra fumar um.

Fred apenas consente e continua andando ao lado de Shaggy olhando pro céu.

-Não está estranho hoje?

-O quê?

-O céu. Está muito escuro, e são apenas 7 da manhã...

-Deve chover, eu acho. Se chover, nem vou voltar pra aula.