Capítulo 5: Pequenas palavras

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Mídia acima: Música e coreografia dançada.

Na hora da nossa sessão, Min Kyu pediu o maior balde de pipoca e dois refrigerantes grandes. Entramos na nossa sala e buscamos nossos assentos, que estavam localizados no meio. Nos sentamos enquanto ainda passavam os trailers.

Durante todo o nosso passeio, mentalmente eu estava fazendo as contas de quanto eu teria que pagá-lo depois e disfarçadamente anotava no celular quando Min Kyu não estava olhando. Era um valor comum, mas para mim, caro.

— Esse filme parece ser bom. — Min Kyu sussurrou enquanto olhava para a tela, então logo segui seu olhar.

Era o trailer de um filme de ação. Tiro, bomba, correria e todo barulho possível. Particularmente, tal gênero de filme nunca me chamava a atenção. Eu nem sequer sabia de um filme de ação que eu tenha assistido por vontade própria.

Levei minha mão ao balde de pipoca e enchi-a de uma só vez, pipoca por pipoca fui levando à boca enquanto assistia aos trailers. Min Kyu ao meu lado comentava euforicamente sobre as cenas de Godzilla vs Kong.

— Não achei nada interessante. — cochichei.

— Aish.... Você é uma chata mesmo. — reclamou.

— Sim, sou chata mas eu te amo. — respondi.

Min Kyu olhou para mim e dei-lhe uma piscadela, qual o fez dar risada em seguida. Então, voltamos com nossa atenção à tela e logo o filme começou. O início como sempre parecia um clichê, uma casa assombrada no meio do nada.

Eu já estava mais do que acostumada com o padrão de filmes de terror, tanto os de assombração quanto os de assassinos loucos. Mas ainda assim, eu gostava. Gostava sempre do suspense e do clichê, eles me prendiam.

Eu estava bem atenta às cenas do filme e torcendo para que a família saísse viva da casa. O filme contava com uma ótima história, personagens interessantes e ótimas cenas de suspense e de susto. Estava sendo muito legal.

Apesar de conter muitas cenas que várias pessoas se assustaram, não assustei-me com nenhuma. Não havia um único filme de terror que me fizesse sentir medo ou até mesmo assustar-me. E eu já estava acostumada a isso.

Min Kyu deu um leve pulo ao meu lado em uma das cenas de susto, e eu apenas continuei com meus olhos vidrados na tela. Ao final do filme, todos começaram a levantar-se e aos poucos Min Kyu e eu fizemos o mesmo, logo saímos.

Como esperado pelo meu bom gosto, o filme havia sido ótimo. Min Kyu e eu saímos da sala conversando animadamente sobre o final. E mesmo após entrarmos em seu carro, os comentários ainda não haviam cessado.

— Eu vi o pulo que você deu ao meu lado. — comentei.

— Você deve ter sido a única que não se assustou...

— Claro que não, você que é um bobão. — interrompi-o.

— Você é anormal, sabia? Se assustar é muito comum.

— Hum... Eu não vi ninguém dando pulo lá. — constatei.

Min Kyu olhou-me com cara de entediado e dei risada. Então começamos a fazer planos para o restante do nosso tempo, fui desafiada em uma partida no videogame e por conta disso, nosso destino passou a ser sua casa.

Durante o nosso caminho, liguei o rádio no carro e fui cantarolando como uma doida. Às vezes, Min Kyu sorria ou dava risada com meus agudos na hora errada da música. Quando chegamos em sua casa, desci rápido do carro.

Eu amava vir à casa de Min Kyu mas fazia algum tempo que não passava por lá devido aos dias corridos. Eu também adorava seu pai que sempre me tratara muito bem. Quando estávamos jogando juntos sempre fora divertido.

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