Capítulo 11: Sentimentos confusos

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— Cuidado... Você ia cair. — Min Kyu, sussurrou.

Despertando-me de meus devaneios, levei meu olhar ao chão e foi quando percebi que eu estava definitivamente a um passo da beirada. Estive prestes a cair e tudo o que Min Kyu fez foi segurar-me, nada mais além disso. Apenas.

Desesperadamente, escapei-me de seus braços, soltando seu braço em minha cintura. Dei alguns passos para atrás, longe da beirada. Estando finalmente afastada de Min Kyu, meu coração acalmou-se e minha respiração estabilizou.

— Acho melhor irmos. — disparei.

Apesar de ter escapado daquele momento, meus pensamentos estavam uma loucura. Eu nem conseguia analisar o que se passava pela minha cabeça enquanto tentava desesperadamente entender meu coração.

Foi errado. O que passou pela minha cabeça naqueles curtos segundos foi errado. Acredito que se Min Kyu não tivesse aberto a boca para falar, eu teria feito uma besteira e estragado a amizade que construímos por tanto tempo.

Como eu pude vê-lo daquela maneira? Era a única pergunta que eu me fazia enquanto mantinha meu olhar o mais distante possível. Meu corpo estava ali, mas minha mente viajava e muito longe de onde realmente estávamos.

— Acabamos de chegar, Ha Rin.

— Desculpa, não me sinto bem.

Eu sentia os olhos de Min Kyu sobre mim, mas eu não conseguia olhá-lo. Percebendo isso, o jovem de cabelos castanhos posicionou-se em meu campo de visão, fazendo meus olhos encontrarem seu rosto mais uma vez.

— Tem certeza? — perguntou.

— Sim, eu tenho. — respondi.

Min Kyu assentiu tristemente, parecia frustrado. E mesmo sem esperá-lo comecei meu caminho de volta para o carro, nunca imaginara que algo assim aconteceria e eu também estava decepcionada. Decepcionada comigo mesma.

Entramos no carro, e para evitar olhá-lo, voltei o caminho inteiro olhando pela janela. Tinha vergonha de olhar em seus olhos, tinha vergonha dos meus pensamentos anteriores e do tão alto e forte que meu coração bateu.

— Posso fazer uma pergunta?

Sua voz calma soou pelo carro, e engoli em seco. Minha mente novamente embaralhou-se, imaginando o que viria de sua boca. Min Kyu tinha o dom de perceber as coisas, mas se ele soubesse as coisas que pensei, seria meu fim.

— É por causa da namorada do Do Hwa? — perguntou.

— Ahm?! Ah... Não. É que me bateu uma dor de cabeça.

— Então ela não está te incomodando?

— Não, eu não sinto nada por Do Hwa. — disse firme.

— Não sente? — indagou e senti seu olhar sobre mim.

— Não..... Bem, eu sentia, mas não mais. — respondi.

— Apenas isso? Não sente mais, é isso?

— É, talvez, eu nunca tenha se-sentido. Eu não sei mais.

— Nunca? Você está me deixando confuso. — comentou.

Se ele estava confuso, imagina eu. Mas não era exatamente pelo Do Hwa que eu estava assim, Do Hwa não passava nem perto da minha cabeça naquele momento e isso era uma das coisas que estava me incomodando tanto.

— Podemos não falar mais, por favor? — pedi.

Após minha pergunta, o silêncio voltou entre nós e por sorte não demorou muito até estacionarmos em frente ao restaurante. Despedi-me de Min Kyu com um simples tchau sem deixá-lo responder e saí do carro apressadamente.

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