Chicago - 1918
─────── ✵ ───────DEVON E CARLISLE eram como pai e filha. A Monthorn e o Cullen viajaram pelos Estados Unidos por mais de 143 anos, morando em algumas cidades grandes até quando suas aparências eternas os permitissem.
Graças aos saberes de ambos sobre medicina — que muito se aprimorou ao longo do tempo — em cada uma das cidades eles mantinham trabalhos fixos em hospitais ou clínicas. Devon achava até certa graça que, para os olhos humanos, ela era como uma boneca viva. Ah, se eles soubessem da verdade...
Carlisle ensinou a Devon tudo o que aprendeu nos primeiros anos de sua nova vida. A recém criada, ao contrário de muitos pelo mundo, não foi um caso trabalhoso para o doutor, apesar de uma crise de humanidade nos primeiros anos da vampira, seu autocontrole era louvável perto de um ou vários humanos, assim como sua aparência vampírica.
A garota, que se adaptou maravilhosamente bem — diga-se de passagem — a dieta animal que sua figura paterna a instruiu, se sentiria mais tranquila durante toda a eternidade por saber que não tiraria vidas de inocentes apenas por sentir fome.
A vampira mantera seu sorriso radiante costumeiro, mesmo após transformada. Muitos vampiros se martirizavam, por estarem condenados eternamente a serem monstros. Mas Devon pensava diferente. A eternidade era dela, e cabia a ela mudá-la se não fosse no mínimo agradável.
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PAI E FILHA DESTA vez, estavam em Chicago - Illinois, cuidando dos muitos pacientes que sofriam com a gripe espanhola em meio a Primeira Guerra Mundial. Eles pretendiam ir embora graças ao tempo que passaram lá, com medo de que suas aparências gerassem curiosidade indevida dos habitantes, mas não era do feitio deles deixar na mão quem precisava de ajuda. A maior prova disso, era Devon estar "viva" naquela época. Além de que Carlisle havia encontrado uma bela moça por lá, quando tratou sua perna partida uns anos antes. Seu nome era Esme Platt.
Entre um paciente e outro, o Doutor Cullen atendeu a uma família. O Sr. e Sra. Masen, e seu filho, Edward. Todos contaminados com a maldita gripe que fazia a Monthorn lembrar-se de tempos sombrios em sua época. Semanas se passaram e os pais de Edward faleceram, mas antes de partir, a Senhora Elizabeth Masen implorou a Carlisle, que salvasse seu menino, sendo que o mesmo, já órfão, estava quase morto pela doença.
O Cullen ficou sentimentalizado com a situação, lembrando que sua garotinha também passou pelo mesmo há muitos anos atrás. Eles então conversaram, e chegaram a um rápido veredito: Salvar a vida de Edward. Antes de seu quadro agravar-se, Devon e Eddy — que é o apelido que a mulher dera ao jovem — tornaram-se muito amigos. Então, a vampira não tardou a concordar com seu criador.
Na mesma noite, levaram a maca do rapaz até uma sala vazia, longe de qualquer movimentação que pudesse prejudicá-los. Sem demorar mais, Carlisle o mordeu, atendendo ao último pedido de uma mãe desesperada por seu querido filho. Daquele dia em diante, Carlisle cuidou de Edward como se fosse seu filho, e Devon o tratou como um irmão mais novo, ambos ensinando-o a seguir uma doutrina moral diferente dos outros vampiros que já conheceram, recusando-se a ver humanos como comida e se alimentar deles.
Houve um período sombrio, em que Edward abandonou este estilo de vida, passando a usar sua habilidade de ler mentes e para alimentar-se daqueles que considerava merecedores da morte. No entanto, alguns anos depois ele se arrependeu e voltou a viver com Carlisle e sua irmã, a quem ele deve tudo.
Nesse mesmo tempo — algo entre 1921 — os caminhos de Carlisle e Esme se cruzaram novamente, mas não numa circunstância agradável. O Doutor Cullen trabalhava num pequeno hospital de Ashland, quando recebeu Esme para ser tratada. A moça havia tentando se suicidar após perder seu filho ao nascer, se jogando de um precipício.
Carlisle lembrou-se dela, é claro, como sendo a mulher que ele tratou da perna há uns anos. Ele não queria que a jovem tal qual tinha certo apreço, morresse, então salvou-a. Quando Esme abriu os olhos, sentindo toda aquela dor da perda, e viu o rosto que ela não havia esquecido durante toda uma década, ficou aliviada. Devon quando soube, não tirou a razão de seu pai, ajudando-o a instruir Esme tal como foi com Edward, tornando-se da família logo após sua adaptação, quando ela e Carlisle se apaixonaram e se casaram oficialmente.
A família então, viajou mais um pouco, saindo até dos Estados Unidos, sendo vista pelos humanos como a família perfeita. De fato, eles eram. Esme mantivera seu instinto maternal, amando e cuidando de Devon e Edward como seus próprios filhos. A Monthorn e o Masen — também Cullen — ficaram muito próximos, como irmã e irmão de sangue. Além de terem Carlisle como patriarca para toda a eternidade.
Eles estavam bem, ficariam melhor.
Mais um capítulo de Soul!
No próximo, vocês conhecerão a minha versão da transformação de Rosalie Hale, que será um pouco diferente dos livros e filmes.
Comentem o que estão achando, tô muito ansiosa para postar mais!
Com amor, Scar
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✓ SOUL ── JASPER HALE
FanfictionALMA ── "Eu posso ver sua alma, e não é a de um assassino." DEVON MONTHORN FORA transformada em vampira por Carlisle Cullen, em 1768, pois seu amigo vampiro não queria que a doce e gentil Monthorn partisse tão jovem, apenas com 18 anos. PASSOU MUIT...