✓ SOUL ── JASPER HALE

ʙᴏɴᴜꜱ

Paris, França - 2011
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DEVON CAMINHAVA COM um braço entrelaçado ao de Jasper nas ruas iluminadas de Paris, agora podendo aproveitar as belezas que a cidade tem a oferecer, sem mágoas com irmãos ou vampiros de um clã inimigo para os atacar.

A noite estava belíssima. Haviam humanos por toda parte, claro, mas um ano depois de tudo o que aconteceu, Jasper não precisava se segurar, ele tinha uma âncora bem ao lado. O cheiro adocicado de Devon invadia as narinas do vampiro, além do aroma de flores diversas, perfumes em lojas caras,  massa fresca nos pratos das pessoas. Talvez não o último item, mas ainda era agradável.

Era tempo de frio, então a agora Devon Monthorn W. Cullen vestia uma blusa branca simples e de mangas cumpridas, calças pretas perfeitamente alinhadas e um trench coat bege, se equilibrando perfeitamente num salto preto. Tudo isso em marcas caras. Jasper permanecia elegantemente simples, com as roupas combinando com as da esposa, em versão masculina e mais escura.

Algumas pessoas os olhavam de canto, admirados com a beleza pura e óbvia dos vampiros, que apenas caminhavam lentamente, indo até Pont Alexandre-III. A ponte — iluminada por postes barrocos e decorada com cores como branco, preto e dourado. — estava linda. A lua banhava os poucos visitantes do local de maneira harmoniosa. A água embaixo deles corria tranquila e o clima literal de amor, estava no ar.

Jasper, ao sentir-se tão perdidamente imerso em seus sentimentos poderosos para com sua companheira, espalhava isso por metros. A pele tão branca, os lábios rosados e olhos dourados como os do rapaz o encantavam perdidamente. Em seus muitos anos de vida, Devon Monthorn fora a mulher mais linda que ja cruzara seu caminho, por dentro e por fora.

Devon, por sua vez, admirava os cachos perfeitos do marido. Os músculos se destacando no casaco comprido, maxilar relaxado porém marcado naturalmente. Lábios que sempre mantinham um sorriso mínimo de canto, afinal, sua vida era perfeita, finalmente.

Eles pararam na borda da ponte, com Jasper ficando de frente para a esposa, essa que se apoiou com os cotovelos na beira atrás de si.

— Me lembro de quando passei por esta mesma ponte com Rosalie, ela havia sido inaugurada na época. — A vampira comenta com sua voz melodiosa, rindo levemente.

— Isso me lembra da música que você cantou para mim no dia em que nos conhecemos. — Jasper continua, passando as mãos pela cintura de Devon. — Poderia cantá-la novamente, minha senhora? — Ele pede, olhando nos olhos dourados de sua amada.

A morena olhou em volta e viu que não haviam mais pessoas. Talvez pudesse ter sido um favor do universo ou apenas uma coincidência, mas de qualquer forma, seria muito bem vinda. Devon segurou na mão do marido e caminhou até o meio do lugar.

A vampira começa a cantar La Vie En Rose, sendo tomada para uma dança lenta. Jasper a gira lentamente, a puxando de volta e se aproximando bem, causando um riso delicado na mesma. Devon finaliza a música, apenas seguindo o balanço suave de Jasper.

— Eu te amo, meu amor — O homem se declara com um sorriso singelo nos lábios, e a mulher se afasta minimamente para olhá-lo nos olhos.

— Eu te amo mais, Major. — Devon sorri, segurando com uma mão o rosto perfeito do Whitlock e a outra apoiada em seu peito, o puxando para um beijo lento sob a luz da lua em Paris.

Não havia mais caos. Apenas amor.