ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ ɴɪɴᴇᴛᴇᴇɴ

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Forks - 2009
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OS DIAS PASSAVAM como um borrão para Devon. Eram lentos, instáveis e torturantes para todos, mas ela sentia ao máximo tudo o que acontecia ao seu redor. Todos os dias ela se concentrava em Isabella, restaurando sua força vital e mantendo-a saudável o tanto que podia, o que a debilitava muito.

Os Cullen já não caçavam a semanas, e Devon sentira isso afetando seus sentidos básicos, como a concentração. A família inteira se preocupava com a saúde da morena e da humana, sem contar com a matilha de Sam à espreita de qualquer passo em falso dos vampiros para atacarem.

Era uma manhã típica para a família, onde Bella fazia exames sendo acompanhada por Devon e Edward. Antes de entrar na sala equipada do doutor Cullen, a Monthorn estava aproveitando seus minutinhos de paz, com a cabeça no colo de Rosalie, recebendo um carinho da irmã, se preparando para usar seu dom a qualquer instante. Poderiam se afastar por décadas, o amor sempre será o mesmo. Até que a auracinética decide que já está na hora de acompanhar o casal.

— Sua costela tá quebrada. Não tem nenhuma aresta, não perfurou nada. — Carlisle diz os resultados do Raio X de Isabella.

— Ainda. — Edward alfineta e Devon pode ver sua aura mudando de tonalidade, para um cinza triste e pesaroso.

— Edward... — Carlisle adverte o filho.

— Tá quebrando os ossos dela. Tá te arrebentando de dentro para fora. — Ele responde ácido, e Isabella fica automaticamente magoada. — Conte para ela o que me falou. Conta... — O telepata pede ao doutor.

— Carslile me conta. Tá tudo bem. — O vampiro suspira, buscando calma para confortar a humana. Ele se aproxima e segura sua mão ossuda.

— O feto não é compatível com seu corpo. É forte demais. Não vai permitir que receba os nutrientes que precisa. Está te enfraquecendo a cada hora, e não tem como parar ou desacelerar. Devon está trabalhando dobrado para te manter estável, mas mesmo assim, seu coração vai desistir antes do parto. — O loiro manda a real para Bella, e os olhinhos cansados da humana se enchem de água.

— Então vou aguentar enquanto conseguir. — Isabella insiste, nutrindo um amor incondicional por seu bebê.

— Bella... Tem condições que nem nosso veneno consegue superar. Você entende? — Carlisle insiste, preocupado com as consequências gerais da decisão da mulher. — Sinto muito. — O doutor se retira, e Devon permanece com o casal, para equilibrar a força vital da humana quando fosse a hora certa.

— Edward... desculpa. — Bella tenta conversar com o marido, que não sustenta o olhar nos da humana.

— Não posso viver sem você. — O homem diz, se virando para a janela.

— Não vai! Vai ter parte de mim. Ele vai precisar de você. — Bella novamente insiste em mudar a ideia do vampiro.

— Você acha que sou capaz de amar... ou mesmo tolerar isso, se te matar? — Edward praticamente rosna.

— Não é culpa dele. Você tem que aceitar isso. — Isabella decreta.

— Você não tá me dando escolha! — O homem grita, e Devon se enfurece ao extremo. — Bella, era para sermos um casal, lembra? Mas decidiu isso por conta própria. Você decidiu me deixar.

— Edward! Cale a boca agora e venha comigo. —Devon diz com sua voz raivosa e firme.

O homem faz menção de reponder, mas Rosalie aparece e fica ao lado de Bella, empurrando o vampiro para o lado da outra loira, que pega sua nuca com força, correndo para a parte de trás da casa e o jogando no chão com ódio.

✓ SOUL ── JASPER HALEOnde histórias criam vida. Descubra agora