Talvez ainda estivesse muito fixado naquela noite no seu dormitório, vivendo uma ressaca das sensações dela na minha pele; do seu cheiro doce impregnado no tecido de minha camiseta, das suas unhas deslizando por minha nuca em uma rota invisível, sua...
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(Baseado no capítulo: Códigos Vermelhos, Kyosanim e eu sei o que vocês fizeram noite passada)
Dedicado a Júlia e a Bi, feliz aniversário!
TW: Linguagem imprópria, insinuação de sexo e uso de álcool.
PARTE DOIS
— Tá aqui, Busan. Seu roteiro foi aprovado. — Seokjin ergueu o papel impresso com o selo oficial do concurso anexado na lateral, assim que larguei a mochila por cima da mesa de trabalho, ainda carregando o lámen que tinha acabado de preparar na copa do laboratório, respingando água quente no meu queixo. Puta merda.
— E você fala isso assim? Sem me preparar?
— Achei que fosse óbvio, seu roteiro tá excelente. — Jin continuou, e já tinha assumido uma postura séria de mentor. Nesses momentos, quase nunca o tirava de seu posto com as minhas piadas imbecis de sempre. Seokjin retirou o lápis encaixado atrás da orelha e rabiscou algumas palavras na contracapa. — Pontuei algumas coisas, acho que você pode inverter a ordem de uma ou duas cenas aqui, pra dar uma otimizada visualmente e não entregar tudo para o espectador, é legal deixar ele pensar — ele disse, mostrando as cenas enumeradas de forma invertida no papel agora.
— Claro, tudo que for preciso, sunbae.
— Seu roteiro foi o melhor que li até agora — Jin comentou — Mas se alguém me perguntar isso, vou negar. Nunca falei isso. — Ele pisca para mim. — E aí, vai sair pra comemorar com a sua... gatinha?
— Ah, é sério isso? — Não me lembrava mais daquele encontro desastroso, muito mais que tinha chamado a Eleanor de gatinha na frente de um clube inteiro. Deveria ter mantido aquele apelido só pra nós dois, em situações específicas.
— Ficamos uma semana inteira rindo disso, nunca tinha conhecido esse seu lado romântico de namorado e preferia nunca ter visto.
— Talvez aí esteja sua resposta do porquê nunca tenho namoradas.
— Responde muitas perguntas, Busan. Acredite! Mas gosto da Eleanor-ssi, ela parece ser uma boa menina e às vezes até passa aqui pra me dar um oi. Ela e aquele amiguinho maluco que sempre está com ela. — Me pego rindo ao imaginar Hoseok ali, sempre por perto de Eleanor, porque um não vivia sem o outro. Sentia saudades de ter um amigo tão próximo assim, mas sabia que se tratando da minha situação social era exigir demais de qualquer um ocupar o posto de melhor amigo.
Mas pra mim, este parecia um termo amaldiçoado.
— O Hoseok é fantástico.— Pego os jeotgarak e mexo o conteúdo fervente do lámen, misturando tudo que tinha colocado lá dentro: fatias de queijo, ovos cozidos, presunto e nem tinha certeza se aquelas salsichas no fundo da geladeira ainda podiam ser comidas, mas estava faminto. Há muito tempo não sentia tanta fome assim.