Capitulo 7 - Desenrolo

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Kakashi
Duas semanas depois...

Já era segunda novamente, o tempo passou voando. Não parei de pensar nela essas duas semanas inteiras. Mas não consegui falar com ela... Estava ocupado no trabalho e depois do fim de semana agitado que tive, precisei colocar algumas coisas em ordem antes de seguir com a minha vida e agora estava pronto para mais uma rotina de trabalho. Permito dizer que estava até animado para o inicio dessa semana. Assim que levantei estava escuro, mesmo com tudo de bom que me aconteceu, a insônia ainda fazia parte de mim e parece que ela não me deixaria tão cedo. Coloquei os pés no chão e procurei pelo meu par de chinelos, fui caminhando lentamente até o banheiro, entrei no chuveiro e a água estava fria, a senti mais gelada do que o normal... Escovei os dentes ali mesmo enquanto tomava banho. Assim que sai e comecei a me enxugar com a toalha ouvi uma voz doce me chamando

- Kakashi...

Procurei por todos os lugares, quem poderia ter entrado em meu apartamento? Pude jurar que era a voz de Sakura... Comecei a pensar que era coisa da minha cabeça, mas parecia tão real... Ela estava me afetando desse jeito. Assim que sai do banheiro, coloquei minha roupa de treinamento, hoje iria começar as aulas dos primeiros ANBUS que foram aprovados para o curso, é assim que você é chamado quando entra na academia e eu já fui um. Um ANBU é um agente especialmente treinado para tratar de situações internas, são inteligentes e manipuladores, e tratam principalmente de assuntos políticos. Mas como Konoha entrou em uma época de paz e prosperidade, não são muitas a procura para esse curso. A maioria trabalha como guarda de algum local especifico ou guarda costas de alguém especifico.

De qualquer forma, eu teria que estar presente, afinal, sou o direto e particularmente as vezes me esqueço de como esse trabalho é cansativo. O pai da Hinata me confiou esse cargo e quase não tive a opção de recusar, quase não, não tive, eu fui o único indicado. Hoje eu estava determinado a encontrar Sakura e faria o que fosse preciso - mesmo que precisasse largar meu cargo por alguns minutos ou até mesmo horas - Terminei de arrumar as coisas e fui comer algo, estava morrendo de fome, comi uma maça e um iogurte. Li mais um pouco do meu livro e até aquele momento eu li uma frase que não tinha dado muita importância antes que dizia: duas linhas não se cruzam atoa.

E foi com esse pensamento na cabeça que peguei meu material, as chaves do carro e desci até o estacionamento. Fiquei me perguntando se estava fazendo a coisa certa, mas agora não estava me importando muito com isso, só ela me importava, aquela mulher, Sakura. Enquanto enfrentava o transito da manhã parei um pouco para pensar o porque ela me estimulava tanto, ela faz eu me sentir vivo, e de verdade. Antes eu estava vivendo em um piloto automático. Eu devia sorrir mais, ter abraçado mais meus pais, ter viajado o mundo e ter socializado. Sim, eu deveria ter fazer mais isso, e agora eu vejo. Ela me tirou da minha zona de conforto, ela nem sabe mas eu sou muito grato por isso.

O fluxo do trânsito foi melhorando e em 30 minutos, cheguei no pavilhão de treinamento da ANBU, hoje o dia iria ser longo, fisicamente falando, mas eu mal podia esperar. Eu amei fazer isso por muito tempo, era apaixonado em adrenalina, era como uma droga para mim. Na época em que participei, a taxa de criminalidade em Konoha era muito maior e eu acabei ganhando um apelido do qual eu não me orgulho: o mestre assassino da ANBU. Tudo que fiz foi em prol do meu país, mas de qualquer forma, não me orgulho nem um pouco disso. As vezes os fins não justificam os meios. E eu entendi isso um pouco tarde demais.

Algum tempo depois...

O dia foi passando, dei aula em três turmas diferentes até a hora do almoço, hoje o dia foi cansativo e eu estava morrendo de fome, tinha uma cantina no meu bloco que era chamado de bloco 2, a ala medica era no bloco 1. Eu iria comer, mas não no meu refeitório, eram apenas 3km até o bloco 1, peguei meu carro e fui. Eu tinha um hora para me encontrar com ela, eu queria isso e eu iria conseguir. Segui pela estrada que leva até aquele prédio, era uma rota linda de se fazer, árvore dos dois lados e a entrada do sol pelas folhas tornava tudo ainda mais bonito. Assim que cheguei, estacionei e vi algumas pessoas me observando, talvez se perguntando o que eu estaria fazendo ali ou talvez nem me conhecessem de fato, mas sinceramente não me importava. Procurei por todo aquele refeitório as lindas madeixas rosadas de Sakura, mas não a encontrei em lugar nenhum, foi então que vi Ino e seu grupo.

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