16 - Um falso ode ao destino

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Vento,
Vasculha
Minha vida

Vazia:
Volta a ventania.
Talvez se for mais distante?

Viaje,
Veja se encontra
Razões e razões e razões

Voltou acompanhado, mas
Veja com cuidado o que trouxe:
A resposta correta nem sempre é a necessária

Vazia e quebradiça ela era,
Vulnerável, se escondia como um ratinho.
E se procurar mais uma vez?

Veio novamente a mim.
Vis-a-vis, entregou-me
Mais frustrações fracas: desmotivações

Venha, pense
Vou-me então:
Porquês sem fundamentos

Virias me acompanhar até o terminal?
Veria meu êxodo, displicente,
Ou estorvaria minha ideia?

Vento, meu querido vento,
Vá lá bem fundo e
Tente organizar meu pandemônio

Vendi minha alma em tentativa: desespero
Vi que apenas a perdi: decepção
A raiva encontra o vazio

"Você já tentou buscar o socorro?"
Virgens e ingênuos:
Perguntas rasas, ações fingidas - inúteis

Voluntaria-se algum acólito na minha vida?
Visitei o suficiente, tentei:
Nunca disponíveis

Vento, sereno e bondoso,
Voejou para me encontrar algum anelo de vida
Mas, sozinho, apenas se enfureceu: nada a encontrar

Vulcões em erupção e um
Vendaval tumultuado,
Fúrias solitárias e incompreendidas

Volte e me abrace, duas fúrias unidas;
Valho alguma coisa, diga-me?
Acha que sou Digna dE Uma Solução?

Vento foi buscar, em
Ventania tentou se fortalecer,
Mas, sem querer, em furacão terminou:

- Caos e destruição
(era para ser apenas uma simples busca)

Pseudo-vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora