Memorias fragmentadas

1.8K 72 5
                                    

POV Serkan

Havia quase dois meses do meu acidente.
Ainda não sei o motivo do avião ter caído, não sem nem para onde estava indo aquele dia. Tudo que me lembro é de estar no Mar e um pescador me salvar. Ele cuidou de mim como pode e depois me levou para o hospital. Ele estava preocupado.
E o homem nem me conhecia.
Minha cabeça latejava, meus olhos ardiam e minhas memórias estavam confusas.
Eu chamava por uma mulher da qual não me lembrava.
Eda, disse o pescador.
Nas noites em que fiquei em sua cabana, nos poucos minutos em que conseguia dormir, ele disse que eu chamava apenas esse nome. Eda.
Seria ela a mulher das minhas memórias fragmentadas?
Depois de ir para o hospital, decidi ligar para alguém, não queria assustar minha mãe de imediato, afinal, sabia que deviam estar esperando o pior. Se já tivessem me dado como morto, como seria se eu ligasse de repente?
Lembro de pedir ao médico que entrasse em contato com Selin. Ela saberia como prosseguir. Ela era boa nisso.
No fim do dia ela já estava ao meu lado.
Ela parecia preocupada.
Sabia que nossa relação não estava muito bem, mas ela estava ali.
Selin: serkan, o que você sente ? - ela disse segurando minha mão.
Serkan: agora estou melhor, sinto muita dor do lado esquerdo da cabeça e estou confuso, algo está faltando... minhas memórias, não parecem certas. Eu não sei nem para onde estava indo quando o avião caiu...
Ela hesitou.. e Entao disse:
Selin: eu falei com o médico, ele me mostrou seus exames... Serkan, você perdeu parte de sua memória.
Serkan: o que ? - tentei me sentar
Selin: fique deitado, por favor. O médico me fez algumas perguntas, e baseadas nas suas e nas minhas respostas, ele disse que você esqueceu tudo o que aconteceu nesse último um ano.
Um ano.
Um ano da minha vida apagado.
Meu peito apertou.
Como seria voltar sem me lembrar de nada?
Selin: não se preocupe... vou te contar tudo o que aconteceu, você não vai voltar parecendo alguém perdido- sorriu.
Serkan: Obrigada, Selin.- apertei mais sua mão
E olhando para nossas mãos entrelaçadas, percebi que usava uma aliança. Uma aliança de noivado.
Mas selin não usava uma.
Entao, de quem eu estava noivo?
Nesse momento um flash invadiu minha cabeça: minha mãe cortava o fio vermelho que unia minha aliança com a de minha noiva. Todos aplaudiam e gritavam "beijo, beijo, beijo" e então eu me virei e.." passou.
Era uma memória incompleta, mas eu sentia que a mulher era a mesma dos meus outros flashes.
Coloquei a mão na testa, soltando a mão de selin.
Serkan: tenho muitas perguntas, espero que não se canse de respondê-las.
Selin: não se preocupe com isso. Em breve, sairemos daqui e tudo voltará ao normal.
Sorri fraco.
Serkan: Selin, avise de minha condição apenas para a minha mãe, não quero que ela se preocupe.
Selin: está bem. Vou ligar para ela.
Serkan: ok.
Selin: tente dormir.
Assenti.
Assim que ela fechou a porta, fechei meus olhos e tentei dormir.
"Eu te odeio, Serkan bolat " "os sentimento são mútuos, eda yildiz "
"Ninguém pode tocar em você além de mim"
"Não vá eda "
"Você quer se casar comigo ?"
Vozes se repetiam na minha cabeça. Uma delas era feminina, era doce e serena, e algumas frases eram ditas na minha voz. Mas as frases não tinham sentido, elas só ficavam voltando aleatoriamente na minha cabeça. Eu não conseguia dormir.
Serkan: Eda Yildiz... quem é você ?

Eda e Serkan: e se fosse assim? Onde histórias criam vida. Descubra agora