Anya Olívia Young é sem dúvidas uma boa menina e cada passo da sua vida foi planejado para que desse certo, exceto a morte inesperada de sua amada irmã. Agora tudo o que ela tem é seu namorado que tem lhe dado todo o apoio apesar dela parecer viver...
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Deslizo para fora da cama. Minha cabeça parece pesada, muito carregada e minha visão embaça rapidamente.
- Quer um comprimido?
A voz aveludada de Joseph me assusta e eu tenho que segurar na cama atrás de mim para me equilibrar. Minha visão clareando e passando a ser mais do que um borrão de cores claras. O sol frio da primavera entrando pela janela semi-aberta.
- Não, acho que eu tô bem.
Volto a me sentar na cama, encarando Josh. Seu cabelo despenteado é até charmoso desse jeito, fazendo uma guerra pelo destaque com seus olhos azuis gélidos. Ele assente, me entregando uma xícara de café fumegante. Dou um gole no café. Amargo.
Ele não gosta de açúcar em nada, mas essa é uma das coisas que eu coloco na lista de não vou abrir uma discussão sobre porque não vale a pena.
Ele cruza os braços, parecendo esperar por algo.
- Tá tudo bem? - eu pergunto, descansando a xícara em meu colo.
Seus olhos parecem procurar um alvo. Há raiva e mágoa brilhando neles.
O que foi que eu fiz?
- Tudo. - eu quase suspiro de alívio por um momento, mas ele continua. - Fora o fato de você ter chegado às três da manhã, escorada em um cara que eu nem sabia da existência.
Vasculho a minha mente, tentando encontrar qualquer indício dessa cena, mas não encontro nada. A última lembrança que eu tenho é de olhar para Declan enquanto Nora nos puxava para a mesa cheia.
- Eu não me lembro disso.
Ele sorri amargo.
- É claro que não, você estava completamente bêbada.
As palavras me pegam de surpresa. E a palavra bêbada despertam flashes de memória. Eu virando doses de tequila com Nora e Declan. Declan segurando o limão para eu chupar. Nora e uma outra menina fazendo o mesmo entre si. Droga.
- Desculpa, amor. Eu não...
- Não me chama assim, Anya. Não depois de chegar bêbada e escorada em um desconhecido. Do que mais você não se lembra?
Seu tom afiado transborda desconfiança. Eu me levanto, colocando o café no móvel de madeira ao lado de nossa cama. Ele parece endurecer mais a postura.
