Planejando

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Nota:

Oieeeeeeeee
Queria deixar aqui meu agradecimento a VivianeSilva2208 que deixou uma comentário lindo no capítulo passado e agradecer a cada uma das pessoas que votaram no capítulo passado. Vocês são a força que me trás de volta. Cada vez que um comentário ou voto de vocês chega, eu choro de alegria. Sério. Faz toda diferença.

Obrigada!

***

Eu ainda não sabia o que dizer.

Um final de semana inteiro sem falar com Sarah e eu ainda não sabia o que dizer. Eu pensava nas possibilidades enquanto olhava os números vermelhos dos andares passando no visor do elevador.

Minha mente vagava entre quem tinha espalhado aquelas fotos e o quanto tudo aquilo afetava Sarah. O quanto tudo aquilo nos afetava.

Fechei os olhos lembrando do seu rosto coberto de lágrimas quando saí do seu apartamento.

Lágrimas de ódio.

Era assim que ela me olhava agora e aquilo estava me consumindo. Eu tinha que resolver aquele problema. Achar quem tinha armado tudo aquilo e por Deus, fazer com que essa pessoa fosse demitida, fosse pra cadeia, fosse arruinada assim como tentou arruinar a Sarah.

Mas e se o culpado for ele?

Se o culpado for o meu pai?

As portas do elevador abriram e eu voltei a realidade. Suspirei antes de caminhar depressa pelo corredor em direção a sala dela sem perceber que eu torcia para que ela estivesse errada.

Ele a detestava. Eu sabia que detestava e de todos, Magno Salazar foi o mais direto em dizer o quanto odiava a ideia de Sarah estar naquela empresa, mas a mera ideia me fazia tremer.

E se fosse ele...

Ela nunca mais acreditaria em mim. Nunca acreditaria que eu não sabia de nada. A desconfiada Sarah jamais acreditaria em uma só palavra que saísse da minha boca.

Suspirei.

Eu precisava falar com ela.

Poucos passos me separavam da porta da sala dela, mas antes que eu pudesse chegar até lá, notei Julia mexendo na própria mesa antes de me encarar, balançando a cabeça negativamente assim que seus olhos fixaram em mim.

— Não. — Julia respondeu a pergunta que eu nem sequer tinha feito. — Não mesmo.

— Julia, por favor, eu preciso... — caminhei até a porta e Julia se meteu na frente, o indicador no meu peito e a expressão mais séria que eu me lembrava de já ter visto ela fazer.

— Eu disse não. — acenei concordando. — E de qualquer forma, ela não está na sala. — ela deu de ombros. — E mesmo que estivesse, ela não quer falar com você, ou não teria bloqueado seu número depois de você ligar para ela no fim de semana. — Abri a boca para perguntar como ela sabia disso, mas Julia prosseguiu. — Exatamente, eu sei que ela te bloqueou porque recebi ordens precisas de te manter longe. — suspirei.

— Eu sei que ela não quer falar comigo, mas...

— Não tem mas, Theo. Me escuta, ta bom? Ela está com raiva. Sarah é explosiva, é temperamental e no momento ela acha que você tem culpa do que está acontecendo então...

— Mas eu não posso só deixar assim e...

— Pode. Pode e vai. — ela mandou resoluta ao mesmo tempo em que eu discordava balançando a cabeça.

— Não fui eu. — murmurei por fim olhando o teto antes de voltar a olhar para uma Julia que me encarava com um misto de pena e compreensão. — Eu jamais faria isso. Você tem que acreditar em mim... Ela tem que acreditar em mim. — devolvi cansado.

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