Rendição

420 53 58
                                    

Nota:

Eu não vou falar muita coisa pq to super atrasada com essa capítulo que me deu trabalho pra caralho, mas que ta valendo a pena hahaa

Quero só agradecer a quem ta lendo, votando e comentando. Vou responder todos. Juro.

Mas agora vamos ao que interessa pra ver o que vcs acham do que vem por ai ;)

***

- Bom dia... - a voz suave perto a minhas costas me fez pular pelo susto, e por mais um pouco teria derramado o café da xícara em minha mão. Theo sorria no momento que olhei para ele, séria. - Desculpe, não quis te assustar.

- Não me assustou... - menti voltando a olhar o horizonte verde e vasto a minha frente banhado pelo sol alto no céu muito azul. - Eu só estava... distraída. - dei de ombros.

- Como não se distrair com essa vista? É maravilhosa... - ele comentou com voz sussurrante e por um momento pensei ter uma segunda intenção na frase. O encarei pronta para repreendê-lo, mas ele olhava o horizonte da fazenda, e uma pontada de algo que eu ignorei me incomodou. - Esse lugar é lindo. - elogiou e eu concordei com um aceno. - Você deve sentir falta daqui no meio daqueles prédios e carros na cidade...

- É uma pergunta? - questionei e ele sorriu.

- Está mais para uma constatação. - ele hesitou um instante. - Você está bem?

- Ótima. - respondi tomando mais um gole do café. Ele me encarou alguns instantes, e para minha surpresa colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Eu quase engasguei com o líquido quente.

- Tem certeza? - a pergunta soou realmente preocupada, o que por si só já demonstrava o erro que eu tinha cometido na noite anterior e que provavelmente estava afetando meu julgamento que antes era tão bom sobre suas intenções. Beijar Theodoro tinha sido a pior decisão que eu tinha tomado e levando em conta meu estado emocional nas últimas vinte e quatro horas por causa dos meus problemas com minha família, era compreensível, mas o resultado disso era que agora ele estava conseguindo me confundir. Sua voz, seus olhos e até seu o cheiro, que o vento jogava contra mim, estava me deixando inquieta.

- Sim. Toma seu café que eu te levo a cidade pra você poder pegar seu ônibus. - mandei antes de voltar para dentro de casa e o abandonar na varanda de madeira envernizada, mas ele logo me seguiu.

- Sarah, eu queria... - parei de andar e me virei.

- Não! - interrompi negando com a cabeça a pergunta que ele ainda não tinha feito. Ele sorriu confuso.

- Mas eu não falei nada ainda... - reclamou entre brincadeira e queixa. Cruzei os braços me forçando a encarar o rosto bonito. Por alguma praga da vida, as horas perto dele pareciam estar me deixando vulnerável ao charme que ele jogava nas pessoas e que eu me orgulhava tanto de ser impassível.

- Mas eu sei o que você está fazendo e a resposta é não. - concluí. Eu realmente precisava que ele fosse embora. Precisava mesmo me manter a distância dele e do calor que ele emanava por algumas horas, pelo menos até meu juízo voltar para o lugar. Eu precisava pensar na competição e em como isso poderia ferrar tudo o que eu tinha construído.

- Isso é porque você me beijou? - questionou com os olhos estreitos, me observando de um modo analítico. - Somos adultos, Sarah e podemos...

- O que acontece em Vegas, fica em Vegas. Era esse o combinado. - retruquei irritada. Ele riu.

- Quando eu disse isso, eu estava falando de problemas familiares e não de nós dois.

- Não tem nós dois, Theodoro. - neguei e ele riu ainda mais abertamente se aproximando.

Construindo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora