Família

345 53 58
                                    

Nota:

Eu voltei e agora é pra ficaaaaaaaaaaar hahaha

Oie pessoas! Desculpa e demora pra voltar. Tive problemas técnicos.

Enfim, quero agradecer pq chegamos há 1k! 

Obrigada obrigada obrigada! Vcs são um máximo e estão merecendo esse capítulo por serem tão nos pra mim! <3

Então vamos pra leitura! ;)

***

— Não acredito que você veio de ônibus... — Sarah repreendeu irritada sem me olhar. A estrada à nossa frente quase que completamente escura, iluminada somente pela luz dos faróis. Não retruquei. Sabia que fosse lá o que eu falasse viraria uma discussão sem fim e eu já tinha explicado o porquê de não ter vindo dirigindo. Obviamente teria vindo de carro se soubesse como aquela noite terminaria. Olhei o reflexo no retrovisor e reparei no carro de Suzanna que nos seguia de perto e achei oportuno mudar de assunto.

— Sua irmã também mora na fazenda...? — questionei.

— Não. Ela se mudou quando se casou... — explicou sem muitas delongas. Lançando um olhar pelo retrovisor parecendo confusa com o fato da irmã estar atrás de nós.

— Ela ainda é casada? — a pergunta foi totalmente inocente, já que estava claro que não tinha motivos de Suzanna ir para a fazenda conosco, mas assim que Sarah me encarou com uma sobrancelha arqueada eu soube que havia perguntado a coisa errada.

— É claro que é! — retrucou estreitando os olhos em minha direção.

— Eu só perguntei porque...

— Me poupe, Salazar... — resmungou visivelmente incomodada.

Depois disso o caminho de quase meia hora foi feito em meio a mais resmungos indecifráveis de Sarah. Não tentei mais puxar conversa, verdade seja dita, eu estava cansado. Quase agradeci a Deus quando chegamos a fazenda. Um portão rústico fechava a entrada e uma placa com desenhos de morangos com o sobrenome Morello nos saudava. A casa não era pequena, mas era simples, com visíveis sinais de melhorias em sua estrutura que eu tinha certeza que haviam sido feitos por Sarah, mas sem deixar de ser uma casa de fazenda. Acordei do meu transe com a porta do motorista batendo com força logo que ela saiu do carro, foi como eu soube que deveria sair também. Desci e fechei a porta atrás de mim vendo Suzanna e as meninas entrarem na casa, mas assim que me virei Sarah estava ali, à um passo de distância do meu corpo me encarando, séria.

— Eu vou ser bem clara e vou falar só uma vez e espero para o seu bem, Salazar, que você não esqueça nenhuma palavra... — avisou com o indicador apontado próximo ao meu peito. Eu quase ri, mas me segurei por que isso a deixaria com mais raiva, o que poderia significar a minha morte durante o sono, já que estávamos na casa dela.

— Pode falar. — concordei.

— Você não pode dar a entender que estamos juntos. — não era uma pergunta, mas achei que seria bom concordar explicitamente.

— Certo. — afirmei.

— Não pode dar detalhes da sua vida. Eles não te conhecem e isso vai permanecer. Sem intimidade com a minha família. — mandou resoluta. Maneei a cabeça concordando novamente. Sarah abriu a boca para falar mais alguma coisa, mas a senhora carrancuda apareceu antes que ela pudesse continuar seu monólogo.

— Entrem logo 'ceis' dois. Vou fazer alguma coisa para comer antes de dormir. — explicou ranzinza e eu ri. Tinha certeza que Sarah ficaria igualzinha quando envelhecesse.

— Já vamos vó. — avisou. Dei um passo em direção a casa quando seu corpo invadiu meu caminho mais uma vez e eu tentei me manter centrado no que ela dizia e não na proximidade. — E não faça isso! — repreendeu me empurrando sem muita força.

Construindo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora